Histórico

Baiano é morto a tiros em Boca Raton

Autora dos disparos, também brasileira, contou aos policiais que foi violentada

O baiano Ildo Araújo foi morto a tiros no último fim de semana, em Boca Raton, pela também brasileira Marcia Rodrigues, de 42 anos: ela disse aos policiais que atirou em legítima defesa, depois de Ildo ter abusado dela por mais de uma hora. Os dois se conheciam porque o baiano tinha uma empresa de limpeza de piscinas e chegou a fazer um trabalho na casa de Marcia, onde aconteceu o incidente, no domingo à noite.
“Eu tive medo de morrer”, contou a brasileira, quando os policiais da delegacia de Palm Beach chegaram ao local dos disparos, num condomínio luxuoso na esquina da Military Trail e 18th Street, depois de receberem uma ligação pelo 911. Ildo estava caído dentro do closet, sangrando muito, e não teve tempo sequer de ser atendido no Delray Medical Center, para onde seria levado. No depoimento, Marcia disse que descarregou a arma no baiano, ou seja, provavelmente as seis balas de seu revólver calibre 38. Ela não foi acusada de qualquer crime, mas já adiantou que contratará um advogado para acompanhá-la durante o processo de investigação.
Já os parentes de Ildo não consegue entender o que aconteceu. O baiano veio para os Estados Unidos há cerca de quatro anos e sempre trabalhou no ramo de limpezas de piscinas. Dois meses atrás, ele abriu a própria empresa e os negócios iam bem. “Sua filosofia de vida era de paz, sempre trabalhou muito e tinha muitos amigos”, frisou Luiz Santos, uma pessoa próxima à família. “Ele seria incapaz de machucar alguém”, acrescentou a sobrinha Sheienne Araújo. Ildo vivia com a irmã, Zelda, em um apartamento em Boca Raton e tinha 31 anos.
A polícia já está levantando alguns pontos da história: de acordo com o depoimento de Marcia, ela é divorciada e conhecia Ildo superficialmente há mais de um ano, desde quando o limpador de piscina fez um serviço em sua casa. Recentemente, no entanto, eles se reencontraram no restaurante Outback e Ildo teria feito uma proposta de sociedade em sua empresa. No domingo passado os dois se reuniram na casa da brasileira para resolver os últimos detalhes da parceria. “Foi quando ele começou a agir de forma estranha”, afirmou Marcia aos policiais, lembrando que o baiano chegou a agarrá-la na cozinha, antes de levá-la para o quarto.

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