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Biden anuncia $500 milhões ao Fundo Amazônia nos próximos cinco anos

O valor é dez vezes superior a primeira oferta feita logo após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Casa Branca, em fevereiro

EUA aumentou em dez vezes oferta feita ao Fundo Amazônia. Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real

O presidente Joe Biden anunciou nesta quinta-feira (20), que aumentará para $ 500 milhões o repasse do país ao Fundo Amazônia nos próximos cinco anos. O valor é dez vezes superior a primeira oferta feita logo após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Casa Branca, em fevereiro. O recurso ainda precisa ser aprovado pelo Congresso dos EUA.

“Florestas são a chave para o nosso futuro”, disse Biden. “Se perdermos esse recurso natural, não conseguiremos reconquistá-lo facilmente”, afirmou durante o Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima (MEF), que reuniu as 26 maiores economias do mundo, o que inclui o Brasil. “Eu vou pedir verbas para contribuir com US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia e todas as outras atividades relacionadas ao clima nos próximos cinco anos para ajudar o Brasil a renovar seus esforços para acabar com o desmatamento até 2030”, declarou o democrata.

O governo americano, através do US Development Finance Corporation, também deve anunciar um investimento de $ 50 milhões na Estratégia de Restauração do BTG Pactual, que ajudaria a mobilizar $ 1 bilhão para apoiar a restauração de quase 300 mil hectares de terras degradadas no Brasil, Uruguai e Chile.

Estabelecido em 2008, durante o segundo governo Lula, com doações principalmente de Noruega e Alemanha, o Fundo Amazônia financiou 102 projetos de combate ao desmatamento e geração de renda no Brasil até 2018. Ao longo daquela década, os doadores destinaram R$ 3,4 bilhões ao Fundo, com base na contrapartida do governo brasileiro de diminuir a destruição da maior floresta tropical do mundo.

Em 2019, a Alemanha e a Noruega suspenderam os repasses para novos projetos após o então presidente Jair Bolsonaro pedir mudanças nas regras da aplicação dos recursos.

O mecanismo foi reativado recentemente, após eleição do presidente Lula, com o desbloqueio de $ 1 bilhão por parte da Noruega, seguido por $ 200 milhões de euros da Alemanha. Reino Unido, França e Espanha sinalizaram a intenção de participar.

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