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Brasil avalia retomar exigência de visto para entrada de turistas americanos

Governo Lula alegou falta de reciprocidade com os turistas brasileiros, que precisam enfrentar um longo e burocrático processo para viajar aos EUA

Dispensa de visto foi promulgada em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro (foto: Wikimedia)
Brasil adia novamente visto para turistas estrangeiros (foto: Wikimedia)

O presidente Luís Inácio Lula da Silva está avaliando cancelar a isenção de visto para turistas americanos entrarem no Brasil, concedida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2019. A justificativa do petista é o longo e burocrático processo que os Estados Unidos impõem aos brasileiros para viajarem ao pais, o que caracteriza falta de reciprocidade diplomática . Segundo apurou o site UOL, o Itamaraty está avaliando os impactos que a dispensa de vistos teve para o fluxo destes turistas no Brasil, e o volume de recursos gastos por eles. As primeiras indicações, segundo o UOL, são de que “o gesto de Bolsonaro teve um efeito mínimo na entrada de americanos no país”.  Os dados que estão sendo levado em conta para embasar uma decisão do governo brasileiro são os de 2019, logo apos a promulgação da medida, ja que em 2020 o governo dos Estados Unidos recomendou aos seus cidadãos evitarem visitar o Brasil por conta da covid-19.

 Em 2015, durante a então presidente Dilma Rousseff, autorizou o Brasil a dispensar a exigência de visto para cidadãos de Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão entrarem no Brasil, desde que ele indicassem interesse de ir ao país para assistir às Olimpíada de 2016. Dois anos depois, o Ministério do Turismo chegou a propor o fim do documento de maneira definitiva, mas o Ministério das Relações Exteriores foi contra por entender que deveria prevalecer o princípio de que os brasileiros deveriam ter os mesmos benefícios. Quando divulgou a medida em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro justificou que os estadunidenses não vão ao Brasil em busca de emprego. “O contrário [brasileiros indo aos EUA para trabalhar] existe, mesmo não havendo qualquer garantia. Então, há uma diferença”, afirmou Bolsonaro na ocasião.

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