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Brasileiro assassinado em universidade de NY tinha ‘um desempenho acadêmico impressionante’

Familiares e amigos lamentam morte do jovem e pedem justiça; acusado pelo crime afirma que é inocente

João de Souza foi brutalmente assassinado em universidade americana
João de Souza foi brutalmente assassinado em universidade americana

O acusado pela morte do estudante João Souza a facadas em seu dormitório na Universidade de Binghamton no domingo (15) negou qualquer participação no crime. Michael M. Roque, de 20 anos, foi apresentado à Justiça depois de 20 horas de buscas e foi levado para a cadeia no condado de Broome.

João Souza foi encontrado morto com ferimentos a faca dentro de seu quarto no campus. A universidade informou que, após atacar o brasileiro, o suspeito fugiu a pé, usando calças e moletom escuros e rosto coberto. A instituição divulgou imagens das câmeras de segurança que flagraram o autor do homicídio. A polícia local prendeu Roque, que agora vai responder por homicídio em segundo grau — a terceira acusação mais grave do tipo nos Estados Unidos, depois do homicídio em primeiro grau e do homicídio qualificado.

João tinha 19 anos e já cursava o primeiro ano de engenharia em Binghamton, uma das universidades mais prestigiadas do estado de New York. Mas sua fama de inteligente começou cedo, quando, dos 13 para 14 anos, se mudou para os Estados Unidos com os pais e a irmã.

“A gente era calouro na mesma classe de história”, contou ao UOL Sammy Landino, 19, o primeiro amigo de João no colégio Blind Brook, também em New York. “O nosso professor o chamava de ‘o brasileiro maravilha’ porque ele sempre tinha ótimas respostas e um desempenho acadêmico impressionante.”

João foi apresentado a Sammy pelo orientador do colégio, e, desde então, não se desgrudaram. “Eu fui o primeiro cara que ele conheceu. Ele estava chegando da 8ª série no Brasil. Eu mostrei a ele toda escola, o ajudei a se situar e o apresentei a alguns amigos. Desde então, esse vínculo não se quebrou.”

Carioca, João viveu sua infância e início da adolescência em um condomínio de alto padrão em Niterói, Região Metropolitana do Rio. “Ele praticava esportes e gostava muito de música”, contou Lucas Meucci, 20, amigo de infância. “Era muito bom jogador. Sempre gostou de futebol.”

Flamenguista fanático, o hobby do garoto lhe rendeu fama também nos Estados Unidos. “Ele era um jogador de futebol incrível”, lembra Sammy. (Com informações do UOL e G1).

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