Condenado pelo estupro de uma menina de 13 anos no Brasil, Andre Tiago Lucas fugiu para os Estados Unidos em 2016, após ser sentenciado a nove anos e quatro meses de prisão. O brasileiro foi localizado vivendo em uma residência que também funcionava como creche licenciada, em Massachusetts, segundo o Departamento de Imigração e Alfândega (ICE). A ligação entre ele e o local só foi descoberta quatro meses após sua prisão, ocorrida em outubro.
Lucas foi identificado como pai dos filhos da proprietária da creche, Franciele Nunes, que optou por não renovar sua licença após o fechamento do local. A permissão de funcionamento havia sido emitida em março de 2022 pelo Departamento de Educação e Cuidado Infantil de Massachusetts (EEC), que realizou cinco inspeções no local, mas não identificou qualquer indício de que o brasileiro estivesse morando ali. O órgão exige que todos os moradores ou visitantes frequentes de creches domiciliares passem por verificações de antecedentes.
O caso levanta questões sobre a eficácia dessas verificações e a necessidade de melhorar os processos de licenciamento e fiscalização para garantir a segurança das crianças. Além disso, alerta para a importância de aprimorar os sistemas de controle desses locais, a fim de assegurar ambientes seguros para o público infantil. O deputado estadual Steven Xiarhos expressou preocupação com a falha no sistema de segurança infantil nas creches do estado.
“É fundamental garantir que cada creche seja realmente segura. Isso inclui fazer as verificações necessárias e observar atentamente o ambiente durante visitas para identificar possíveis riscos. Nossas crianças são inocentes, e ao deixá-las em uma creche, estamos confiando suas vidas a terceiros”, afirmou Xiarhos.
