Comunidade

Brasileiro pega prisão perpétua por matar ex-companheira a facadas

Marcelo Almeida é acusado de ter dado dez facadas em Patrícia Frois em 2011 em Massachusetts

DA REDAÇÃO, com Brazilian Voice – O brasileiro Marcelo Almeida, de 45 anos, foi condenado em primeira instância à prisão perpétua, acusado de ter matado a facadas a ex-namorada Patrícia Fróis, de 24 anos, em 2011. O julgamento foi na quarta-feira (14). O réu é acusado de assassinato em primeiro grau e seu advogado de defesa, Jack Atwood, tenta mudá-la para homicídio, alegando que a morte da vítima foi um “crime passional”. As informações são do Brazilian Voice.

Almeida disse, através de um intérprete, que era “apaixonado” por Patrícia, quando a promotora pública Sharon Donatelle perguntou ao acusado se ele realmente tinha virado um sofá, jogado fora as roupas da vítima e cortado suas roupas e sapatos, depois de diversas brigas, conforme o depoimento de testemunhas. “Paixão é como você chama isso; quando você vira um sofá e usa a faca em alguém? ” Questionou Donatelle. “Isso é paixão, senhor?”

Quando se conheceram em 2005, ainda na cidade mineira de Frei Inocêncio (MG), Patrícia tinha 18 anos e Almeida 35 anos. Pouco tempo depois, o brasileiro se mudou para os Estados Unidos e a jovem descobriu que estava grávida. Quando o filho completou dois anos, a mineira o deixou com a avó, mãe de Patrícia, para tentar a vida com Almeida nos Estados Unidos. Os documentos da Corte destacam que a relação do casal começou a se desgastar em 2011. As discussões eram sobre finanças e, segundo a promotoria, porque o acusado não mandava dinheiro para o Brasil.

Patricia resolveu se separar e chegou a morar com uma tia em Quincy por três semanas, mas voltou para o mesmo prédio em que morava com o ex-marido em Marshfield, onde passou a dividir um apartamento com amigos logo embaixo da sua antiga casa.

Donatelle disse, citando o depoimento de testemunhas, que o réu se sentia “humilhado” e “raivoso” com a ex-companheira quando o deixou, pois achava que Patrícia pertencesse a ele. Almeida a ameaçou, assim como a mãe da vítima e o filho do casal no Brasil. Ele negou ter dito essas coisas e alegou que não estava “raivoso” com a rejeição dela, mas simplesmente “queria” e “precisava dela”.

Almeida disse que passou o dia e noite antes do homicídio bebendo e consumindo drogas com amigos e admitiu que fumava maconha diariamente. O réu acrescentou que gastou $300 em cocaína naquele dia, não dormiu na noite anterior ao assassinato de Patrícia, ligando para ela 232 vezes.

A promotora disse que Marcelo “emboscou” Fróis no corredor do prédio Fox Run e admitiu ter pegado uma faca depois de falar com a vítima na manhã de 26 de setembro de 2011. Ele tentou pará-la quando Patrícia ia ao trabalho naquela manhã, dizendo-lhe para não ir ao trabalho porque ele precisava conversar com ela. A vítima pôs no chão do vestíbulo a sua lancheira, bolsa e chaves para prender os cabelos em rabo de cavalo. Então, Almeida disse que precisava ir ao seu apartamento para “fechar a porta”, entretanto, pegou uma faca na cozinha, que ele detalhou usava para cozinhar. Ele matou a jovem com dez facadas, segundo a acusação.

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