Um relatório publicado pelo The Brazilian Report mostra como os brasileiros enxergam o país: trabalhador e acolhedor, mas menos leve e otimista do que no passado. Intitulado “The Brazil That Brazil Wants to Be” (O Brasil que o Brasil quer ser), o estudo reúne percepções internas e comparações com a imagem do país no exterior.
Segundo o levantamento, dois terços dos brasileiros descrevem o país como “doente”, enquanto 46% acreditam em potencial de recuperação. Pesquisas indicam que fatores como desigualdade social, crises políticas recentes e desafios econômicos ajudam a moldar essa percepção crítica. Ao mesmo tempo, programas sociais, avanços em saúde pública e projetos ambientais reforçam a esperança de melhora.
Os resultados se somam a pesquisas internacionais. Um levantamento do Pew Research Center mostra que os brasileiros estão divididos quanto ao futuro do país: 38% acreditam que o Brasil pode virar uma potência mundial, enquanto 34% acham que isso nunca vai acontecer. A pesquisa também revela altos níveis de desconfiança social: 81% dizem que “na maioria das vezes não se pode confiar nas pessoas”.
No exterior, a imagem do Brasil é igualmente ambígua. Nos EUA, 46% dos entrevistados têm visão negativa do país, enquanto 47% avaliam de forma positiva. Em outras regiões da América Latina e da Ásia, a percepção do país continua majoritariamente favorável, oferecendo um contraste interessante com a visão interna.
Pesquisas nacionais, como as do Observatório Febraban, indicam que muitos brasileiros ainda acreditam que o país mantém uma boa reputação fora das fronteiras, especialmente em áreas como cultura, meio ambiente e participação em eventos globais, como a COP30.
