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Corte Federal suspende deportação de brasileiro por tempo indeterminado

Renato Filippi luta para não ser deportado
Renato Filippi luta para não ser deportado (Foto Arquivo Pessoal)

O brasileiro Renato Filippi, de 58 anos, obteve uma vitória na Justiça e conseguiu suspender por tempo indeterminado a sua deportação marcada para o dia 6 de novembro. No último dia 3, o Tribunal Federal de Apelações do 1º Circuito de Boston decidiu que é necessário tempo para rever o caso. Renato mora no estado de New Hampshire há 15 anos e durante esse período ele fazia check-ins periódicos na Imigração, até ter a deportação agendada.

O painel de três juízes informou que permitiria a permanência “sem garantir nenhum mérito ou jurisdição da petição apresentada para revisão”. Os magistrados não especificaram o tempo de permanência nos EUA.

“Não é comum, pois as pessoas tentam conseguir esse tipo de coisa todos os dias e raramente alguém obtém sucesso”, disse o advogado de defesa de Renato, Robert McDaniel.

Há 15 anos, Renato fez um acordo com U.S. Immigration and Customs Enforcemente (ICE) em New Hampshire para ajudar a desmantelar uma quadrilha de tráfico de pessoas para os EUA. Filippi entrou ilegalmente pela fronteira dos EUA com o México em 2002 por meio desses ‘coiotes’.

“Ele foi muito útil e ajudou o ICE a prender criminosos durante nove anos por causa de suas informações. Tudo mudou depois da entrada do presidente Trump. Se ele for deportado, pode ser morto por integrantes da quadrilha”, alega o advogado de Renato.

Renato tem vivido e trabalhado legalmente em Manchester (NH) desde 2003, mas os advogados dele informaram que ele foi posto em processo de deportação depois que Trump assinou decretos de leis que reestruturaram o cumprimento das leis migratórias.

O caso do brasileiro foi apresentado ao US Bureau of Immigration Appeals, um fórum legal administrativo, e ao ICE, que pode emitir os vistos S-5 ou U. Esses vistos se aplicam às testemunhas e vítimas de crime. O advogado alega que a vida estaria em perigo caso ele seja deportado ao Brasil.

“Ele concordou e efetuou trabalho perigoso requisitado pelo governo, incluindo dando testemunhos que resultaram em condenações”, alega a ação judicial. Durante esse período, Filippi e a família dele, que permaneceu no Brasil, receberam ameaças de morte. Ele mudou-se para Manchester em 2003 e adquiriu a permissão de trabalho, um cartão do Seguro Social e carteira de motorista. Ele tinha que fazer visitas regulares ao ICE. Ainda conforme a ação, ele continuou a trabalhar com as autoridades federais até 2009, auxiliando o DEA, FBI e inteligência estrangeira.

Não há informações sobre quando será realizada uma nova audiência sobre o caso. (Com informações do Brazilian Voice).

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