Organizações de bem-estar animal da Flórida têm intensificado ações de resgate e investigação após uma série de casos envolvendo cães vítimas de brigas clandestinas, também conhecidas como “rinhas”. Os episódios revelam situações de violência extrema, negligência e exploração. Em Miami-Dade, um cachorro apelidado de “Warrior” foi encontrado com feridas profundas e cicatrizadas, compatíveis com combates ilegais. Segundo reportagem da Local10 News, o animal apresentava dentes quebrados, infecções e lesões que exigiram tratamento imediato com antibióticos, anti-inflamatórios e limpeza especializada.
O resgate foi realizado com apoio da Anything’s Pawsible Rescue e da Animal Welfare Society of South Florida, que também iniciaram uma campanha pública para incentivar denúncias anônimas que possam levar aos suspeitos de organizar esses combates de cães na região. O caso levou à criação de um fundo de recompensa que já arrecadou mais de $ 5 mil. A polícia de Hialeah e o Departamento do Xerife de Miami-Dade investigam o episódio como parte de uma possível rede de rinhas no sul da Flórida.
No oeste do estado, o condado de Pinellas registrou uma das maiores operações de resgate do ano. De acordo com a Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra Animais (ASPCA), mais de 100 cães foram retirados de uma propriedade suspeita de sediar um esquema organizado de brigas clandestinas. Os animais apresentavam marcas compatíveis com combates prolongados, cicatrizes antigas, desnutrição e doenças não tratadas.
Especialistas em comportamento e veterinários da organização realizaram triagens médicas e psicológicas, além de fornecer abrigo, tratamento e enriquecimento ambiental para auxiliar na reabilitação dos resgatados. Segundo a entidade, muitos deles exibiam sinais claros de trauma resultante de longos períodos de maus-tratos.
As organizações envolvidas recomendam que qualquer pessoa que presencie maus-tratos ou suspeite da prática de brigas clandestinas entre em contato com a polícia local ou com linhas de denúncia anônima. As investigações continuam em andamento e contam com a colaboração conjunta da ASPCA, autoridades locais e outras entidades de proteção animal.
Com informações do Local10 News.
