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Em festa de posse, Lula recebe faixa ‘do povo’ e prega ‘democracia para sempre’

Luiz Inácio Lula da Silva recebe faixa presidencial de representantes de diversos grupos sociais brasileiros. Foto: TVSenado

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu neste domingo, 1º de janeiro, o cargo de 39º presidente do Brasil. Este é o terceiro mandato não consecutivo do petista, único presidente na história do Brasil a ser eleito três vezes. O atual mandato termina em 4 de janeiro de 2027. Na ausência do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), quem entregou a faixa presidencial ao petista foram representantes “do povo”, pessoas de diferentes grupos sociais e regiões do Brasil.

Para um público estimado de 150 mil pessoas, na Praça dos Três Poderes, Lula fez um discurso emocionado, focado em temas como inclusão social, educação, saúde e combate à fome. “É tempo de união e reconstrução do nosso país”, disse. Com a voz embargada, o petista fez um “chamamento a todos os brasileiros e brasileiras”, dizendo “juntem-se a nós nesse grande mutirão contra a desigualdade”.

Apesar do tom agregador, Lula não economizou em críticas ao governo Bolsonaro e chamou de “relatório do caos” o diagnóstico apresentado pelo gabinete de transição: “O que o povo brasileiro sofreu nos últimos anos foi a lenta e progressiva construção de um verdadeiro genocídio”, afirmou. “O Brasil bateu recorde de feminicídio; as políticas de igualdade social sofreram retrocesso, produziu-se um desmonte das políticas de juventude e os direitos indígenas nunca foram tão ultrajados na história recente desse país”, disse. Diante das críticas, o público que acompanhava o discurso reagiu com um grito que ecoou na Praça dos Três Poderes: “Sem anistia! Sem anistia!”.

Mais cedo, Lula fez um discurso para parlamentares e chefes de estado estrangeiros, no Congresso Nacional, e voltou a criticar o governo anterior. “Nunca os recursos do Estado foram tão desvirtuados em proveito de um projeto autoritário de poder, nunca a máquina pública foi tão desencaminhada dos controles republicanos, nunca os eleitores foram tão constrangidos pelo poder econômico e por mentiras disseminadas em escala industrial. Apesar de tudo, a decisão das urnas prevaleceu. Graças a um sistema eleitoral reconhecido internacionalmente por sua eficácia na captação e apuração dos votos”, discursou.

Lula se emocionou ao falar de sua “missão de vida”, onde cada brasileiro possa fazer três refeições por dia. “Ter de repetir esse compromisso nos dias de hoje, diante do avanço da miséria e do regresso da fome que havíamos superado, é o mais grave sintoma da devastação que se impôs ao país nos anos recentes”, disse. Sobre a resposta que pretende dar a seus opositores, declarou: “Ao ódio responderemos com amor, mentiras com verdades, ao terror e a violência responderemos com as leis e suas mais duras consequências”, afirmou. “Democracia para sempre!”, pregou Lula.

Leia o discurso completo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no site lula.com.br

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