Imigração Manchete

EUA planejam intensificar fiscalização migratória em 2026

Aumento de recursos federais e mudanças nas regras ampliam alcance das ações migratórias, incluindo operações em empresas e setores que dependem de mão de obra imigrante.

Com mais recursos e agentes, política migratória dos EUA entra em fase nova a partir de 2026. Foto: Public Domain

Os Estados Unidos se preparam para ampliar a fiscalização migratória em 2026, com reforço expressivo na estrutura federal. O plano prevê aumento histórico de verbas — $170 bilhões até 2029 para ICE e Border Patrol, muito acima dos cerca de $19 bilhões que as agências recebem por ano atualmente. A verba envolve a contratação de milhares de agentes, expansão de centros de detenção e reforço de operações em parceria com autoridades locais e privadas.

Dados oficiais mostram que o alcance das ações vai além do discurso de combate ao crime. Até novembro de 2025, cerca de 41% das pessoas detidas pelo ICE não tinham antecedentes criminais, além de supostas violações migratórias. O dado tem alimentado críticas sobre os efeitos da política em trabalhadores, famílias e comunidades inteiras.

A estratégia prevê que algumas operações se concentrem em empresas e setores que dependem de mão de obra imigrante, como construção civil e serviços, aumentando a pressão sobre empregadores e trabalhadores.

O plano também inclui a revogação de status temporário de imigrantes de países como Haiti, Venezuela e Afeganistão, ampliando o número de pessoas sujeitas à deportação. Desde o início do atual mandato, cerca de 622 mil imigrantes foram deportados, enquanto o governo promete acelerar ainda mais o ritmo nos próximos anos.

Apesar da ampliação anunciada, o ICE e o Department of Homeland Security ainda não divulgaram datas nem metas específicas para as ações de 2026.

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