Histórico

Fracassa projeto de satélite brasileiro

Devido a uma falha no veículo lançador, o satélite Cbers-3 não foi posicionado na órbita prevista

Devido a uma falha no veículo lançador, o satélite Cbers-3 que custou R$ 160 milhões, desenvolvido pelo Brasil e a China, não foi posicionado na órbita prevista. Pedaços do satélite foram encontrados em regiões da China no mesmo dia que foi lançado ao espaço segunda-feira (9). Mesmo assim, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação estuda lançar até o fim de 2014 ou até maio de 2015 um novo satélite denominado Cbers 4. O projeto foi custeado 50% pelo Brasil e 50% pela China, no entanto, o país asiático era o responsável pelo serviço de lançamento do satélite.

O Cbers-3 estava integrado ao foguete Longa Marcha 4B e foi lançado do Centro de Lançamentos de Satélites de Taiyuan, província chinesa de Shanxi (China), às 11h26 no horário local (1h26 no horário de Brasília) na segunda-feira (9).

As datas para a segunda tentativa brasileira de lançar o satélite foram discutidas já na terça-feira (10) em uma reunião com o comitê de coordenação do programa Cbers em Beijing, na China, que também discutiu as causas do fracasso na operação do lançamento do Cbers-3. Além do ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, participaram o presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Braga Coelho, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi, e técnicos chineses, responsáveis pelo desenvolvimento de parte do satélite, pelo foguete Longa Marcha-4B e pelas operações de lançamento.

Inicialmente, o lançamento do Cbers-4, que tem as mesmas características do Cbers-3 inclusive no preço, estava previsto para acontecer em um prazo de dois anos, ou seja, final de 2015. Ele iria substituir o Cbers-3, que teria vida útil de três anos, e garantiria a continuidade do programa espacial.

O órgão assegura que as demandas de programas nacionais não ficarão descobertas neste período em que o país ficar sem satélites em órbita. Para isso, o Brasil vai utilizar dados de outros satélites como o indiano Resourcesat-2 e o americano Landsat-8.

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