Histórico

Governo americano está sendo processado por preconceito

Entidade afirma que autoridades negam emissão de passaportes a filhos de imigrantes nascidos nos EUA com assistência de parteiras

A União Americana de Liberdades Civis (ACLU) entrou na Justiça contra o que chamou de preconceito por parte do Departamento de Segurança (DHS na sigla em inglês). Segundo os ativistas, o governo norte-americano está negando a emissão de passaportes a cidadãos nascidos neste país, na fronteira com o México e filhos de imigrantes, só porque nos registros destes bebês consta que eles nasceram com a assistência de uma parteira e não de um médico. Um comunicado da entidade afirma que nove casos do tipo já aconteceram nas últimas semanas.

“O governo está negando a emissão de passaporte para estes cidadãos por causa de seus sobrenomes e usam como argumento o fato de que eles nasceram em casa, com uma parteira”, confirmou Vanita Gupta, advogada do programa de Justiça Racial da ACLU. Ela acrescenta que as autoridades americanas têm pedido cada vez mais documentos para que filhos de imigrantes possam tirar seus passaportes e algumas situações as exigências beiram o impossível. “Isso é injusto”, disse a advogada.

Mas a determinação não está prejudicando apenas os recém-nascidos. O caso de Juan Aranda, por exemplo, é semelhante ao de muitos filhos de mexicanos que nasceram nos Estados Unidos: aos 38 anos de idade, ele – que nasceu em Weslaco (no Texas) – ele decidiu tirar o passaporte americano só agora, porque vive e trabalha no México.

Compartilhar Post:

Baixe nosso aplicativo