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Imigração

Governo Trump revoga proteção a mais de 76 mil imigrantes de Honduras e Nicarágua

A medida atinge pessoas que vivem legalmente no país há mais de duas décadas, amparadas por autorizações concedidas após desastres naturais que devastaram seus países de origem

A Suprema Corte autorizou recentemente a revogação de um programa de parole humanitário que beneficiava cidadãos de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela, afetando mais de 500 mil pessoas (Foto: Flickr)
A Suprema Corte autorizou recentemente a revogação de um programa de parole humanitário que beneficiava cidadãos de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela, afetando mais de 500 mil pessoas (Foto: Flickr)

O presidente Donald Trump anunciou, na segunda (7), a revogação do Status de Proteção Temporária (TPS) para aproximadamente 72 mil hondurenhos e 4 mil nicaraguenses. A medida afeta diretamente imigrantes que vivem legalmente nos Estados Unidos há mais de duas décadas, amparados por autorizações concedidas após os desastres naturais que atingiram seus países em 1998. Eles terão até o início de setembro para deixar os Estados Unidos ou buscar outras vias legais de permanência.

O governo alegou que as condições humanitárias, sociais e econômicas que justificaram a concessão do TPS deixaram de existir, citando avanços na reconstrução das infraestruturas e o aumento do turismo em ambas as nações. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, declarou que o governo federal está oferecendo passagens aéreas gratuitas e um bônus de $ 1.000 por família para aqueles que optarem pela saída voluntária do país.

“Essas medidas são parte de um esforço para restaurar a integridade do sistema migratório americano e garantir que o TPS seja utilizado de maneira temporária, conforme sua proposta original”, afirmou Noem.

O TPS é um programa criado em 1990 que oferece proteção temporária contra deportação a cidadãos de países afetados por guerras, desastres ambientais ou crises humanitárias. Embora sua natureza seja provisória, muitos beneficiários vivem há décadas em solo americano, formaram famílias e têm filhos cidadãos dos EUA.

Organizações de direitos civis e defensores dos imigrantes criticaram duramente a iniciativa, alertando para o impacto humanitário da decisão. A situação é especialmente crítica para famílias mistas e comunidades profundamente enraizadas no país, conforme destacou a diretora da Immigrant Justice Now, Maribel Domínguez.

“Trata-se de um ataque direto a famílias trabalhadoras que contribuíram por anos para a economia americana. Muitos serão forçados a escolher entre abandonar seus filhos nascidos aqui ou levá-los a países que mal conhecem”, ressaltou Domínguez.

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