Estados Unidos Geral

Gravação secreta revela conversa entre Trump e seu ex-advogado sobre pagamento a modelo

Gravação de conversa entre Trump e Cohen foi descoberta pelo FBI durante uma batida no escritório do ex-advogado do presidente

Michael Cohen foi advogado pessoal de Trump

O ex-advogado do presidente Trump, Michael D. Cohen, gravou secretamente uma conversa com Trump sobre o pagamento a uma ex-modelo da revista Playboy que alega ter tido um caso com o presidente, de acordo com advogados que tiveram acesso à gravação, informou o The New York Times. A conversa foi gravada dois meses antes da eleição de Trump.

O FBI apreendeu a gravação durante uma batida no escritório de Cohen. O Departamento de Justiça investiga o envolvimento do ex-advogado no pagamento a mulheres para abafar histórias comprometedoras envolvendo Trump, na época ainda candidato à presidência pelo Partido Republicano. Os promotores no caso buscam saber se houve alguma violação à lei que regula as finanças de campanhas políticas na transação, e a gravação é crucial para a investigação.

A gravação esquenta o debate sobre os métodos usados por Trump e seus associados para manter secreta a vida pessoal e financeira do presidente. Cohen é detentor de vários segredos sobre Trump, e tem demonstrado disposição para colaborar com os promotores.

O novo advogado pessoal do presidente, Rudolph Giuliani, confirmou ao NYT por telefone que Trump conversou com Cohen sobre os pagamentos na gravação, mas disse que o pagamento acabou não sendo feito.

A modelo em questão, Laren McDougal, disse que começou um relacionamento com Trump em 2006, logo após Melania Trump, mulher do presidente, ter dado à luz o filho do casal, Barron. McDougal vendeu a história ao tabloide National Enquirer por $150,000 durante os últimos meses da campanha presidencial de 2016. Segundo o NYT, o Enquirer decidiu não publicar a matéria. O diretor do Enquirer, David Pecker, é amigo de Trump.

Quando o Wall Street Journal revelou a existência do pagamento, dias antes da eleição, a porta-voz da campanha de Trump, Hope Hicks, disse [que] “Não sabemos nada sobre isso” e que as alegações de McDougal eram “inverdades”.

 

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