Histórico

Imigrantes presos fazem greve de fome em Washington


Centro de Detencao Nortwest Washignton

Luciano Sodré
A Voz do Imigrante

Imigrantes presos no Centro de Detenção Northwest, no estado de Washington, continuam em greve de fome. Segundo uma advogada da área de imigração, os imigrantes estão sendo ameaçados com alimentação forçada. Mas as autoridades federais disseram que isso só aconteceria mediante uma decisão médica ou por ordem judicial.

A Procuradora Sandy Restrepo disse que conversou com três detentos que participam da greve de fome, que já se estende por cinco dias. Segundo ela, os presos denunciaram que foram retirados para interrogatórios individuais e que seriam alimentados à força se o manifesto continuasse. “Eu percebi que eles estavam fisicamente desgastados e cansados, mas emocionalmente estavam bem”, disse a advogada.
A greve teve início na sexta-feira (07), quando centenas de detidos decidiram fazer um manifesto. Segundo leis que regem o sistema de imigração dos EUA, qualquer detento que não comer durante 72 horas devem ser encaminhados para uma avaliação médica e ser medicado.

Funcionários do Immigration and Customs Enforcement (ICE) informaram no domingo (09) que os médicos estão tomando as medidas necessárias para avaliar os presos que se enquadram nesta categoria. Não foi divulgado quantos presos estão nesta lista de avaliação. “Nós os estamos orientando sobre as consequências se eles permanecerem em greve de fome”, disse um agente.
O porta-voz do ICE, Andrew Munoz disse que o departamento respeita plenamente os direitos das pessoas de expressarem suas opiniões sem interferência. Ele assegurou que a política do órgão sobre greve de fome orienta que ninguém seja forçado a se alimentar a menos que haja determinação médica ou ordem judicial. “Nós estamos buscando autorização de um Tribunal para liberar o tratamento médico involuntário”, acrescentou.

Segundo as informações divulgadas, estes grevistas estão buscando uma comida e um tratamento melhor, bem como uma melhor remuneração para os trabalhos realizados no Centro de Detenção. Mesmo não confirmado, estima-se que 750 dos cerca de 1300 detidos se recusam a comer desde sexta. Já o ICE afirma que este número é de 130 pessoas.

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