Estados Unidos Geral

John McCain alerta que ataque à imprensa livre é por onde “começam os ditadores”

Senador, Republicano pelo Arizona, fala em entrevista à NBC sobre os recentes ataques do presidente Trump à imprensa americana

John McCain morreu de câncer no cérebro
John McCain morreu de câncer no cérebro

O senador John McCain, Republicano pelo Arizona, defendeu a imprensa dos recentes ataques a ela perpetrados pelo presidente Trump, dizendo que a repressão à imprensa livre “é como começam os ditadores”. Trump declarou na semana passada que a imprensa é “inimiga do povo americano”.

A ordem internacional estabelecida depois da Segunda Guerra Mundial foi construída em parte sobre uma imprensa livre, disse o senador em entrevista ao programa da NBC “Meet the Press” que vai ao ar neste domingo (19).

“Odeio a imprensa. Odeio você em especial”, disse McCain ao entrevistador Chuck Todd durante uma conferência internacional sobre segurança, em Munique, na Alemanha. “Mas o fato é que precisamos de vocês. Precisamos de uma imprensa livre. Precisamos disso. É vital.”

“Se você quiser preservar a democracia – falando muito sério agora – se você quiser preservar a democracia como nós a conhecemos, é necessário que haja uma imprensa livre e mesmo às vezes adversária. Sem ela, tenho receio de que perderemos muitas das nossas liberdades individuais com o tempo. É assim que começam os ditadores.”

“Eles começam pela repressão à imprensa livre. Em outras palavras, pela consolidação do poder. Se você olhar a História, a primeira coisa que os ditadores fazem é calar a imprensa. E não estou dizendo que o presidente Trump quer tornar-se um ditador. Estou só dizendo que precisamos aprender as lições da História”, disse McCain.

A senadora Jeanne Shaheen, Democrata de New Hampshire, disse que também estava preocupada com os comentários do presidente.

“O perigo real está na crítica do presidente à mídia”, disse Shaheen. “Uma imprensa livre … é muito importante para a manutenção da democracia, e os esforços do presidente para manipular e denegrir a imprensa são muito pergiosos”.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, enfatizou durante a conferência em Munique que tem “Grande respeito pelos jornalistas. Sempre tivemos bons resultados, pelo menos na Alemanha, através do respeito mútuo.”

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