Imigração Manchete

Justiça impede Trump de cancelar permissão de estudantes estrangeiros

As decisões representam uma reviravolta nas recentes políticas promovidas pelo governo

O juiz Jeffrey White alertou para o risco de danos irreparáveis à trajetória acadêmica e profissional dos alunos. Magistrados alertam para a importância de assegurar a autonomia e direitos constitucionais das universidades (Foto: United States District Court/Wikimedia Commons)
O juiz Jeffrey White alertou para o risco de danos irreparáveis à trajetória acadêmica e profissional dos alunos. Magistrados alertam para a importância de assegurar a autonomia e direitos constitucionais das universidades (Foto: United States District Court/Wikimedia Commons)

Dois juízes federais emitiram liminares nesta semana para impedir que o presidente Donald Trump cancelasse permissões legais de estudantes estrangeiros. Na quinta-feira (23), a juíza federal Allison D. Burroughs, de Boston, emitiu uma liminar impedindo o Departamento de Segurança Nacional (DHS) de proibir a Universidade de Harvard de matricular estudantes estrangeiros. A juíza considerou a medida ilegal e enfatizou que ela causaria danos irreparáveis à autonomia universitária e à reputação acadêmica de Harvard.

Na Califórnia, o juiz federal Jeffrey White bloqueou, na quarta-feira (22), uma medida do DHS que pretendia acelerar a revogação, sem o devido processo legal, dos vistos de estudantes estrangeiros registrados no Sistema de Informação de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVIS). White destacou o risco de danos irreparáveis à trajetória acadêmica e profissional dos alunos afetados.

As liminares garantem proteção temporária aos estudantes enquanto os processos judiciais seguem em tramitação. A expectativa é que o tema seja levado à Suprema Corte nos próximos meses, devido ao impacto nacional e ao potencial conflito entre políticas federais e os direitos constitucionais das universidades e seus estudantes.

Representantes do governo afirmam que as medidas visam combater o extremismo nos campi, mas críticos argumentam que elas servem como instrumentos de repressão e xenofobia.

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