Histórico

Mais de 100 mil já se registraram para denunciar entrada ilegal nos EUA

‘Big Brother’ na fronteira com o México tem 200 câmeras

A idéia de fiscalizar a entrada ilegal de imigrantes a partir de denúncias da população, que acompanha pela Internet o movimento na fronteira através de câmeras instaladas na divisa dos Estados Unidos com o México, está funcionando. De acordo com levantamento feito pela mídia, mais de 100 mil usuários já se cadastraram para reportar à polícia da fronteira qualquer ato suspeito, inclusive de atividades ligadas ao tráfico de drogas. As autoridades garantem que os e-mails de voluntários ajudaram na apreensão de mais de 900 quilos de maconha e a identificar 30 casos de “potenciais indocumentados”, que foram impedidos de entrar no país.
Internautas com acesso à grande rede podem se tornar um vigilante virtual dos mais de dois mil quilômetros da fronteira entre os dois países. O ‘Big Brother’ tem recebido apoio maciço de voluntários, que – ainda que por curiosidade – passam horas checando a movimentação no local. Muitos enviam e-mails com denúncias e os agentes se encarregam de ir atrás dos suspeitos. A maior parte das mensagem são de usuários de web do Texas, Arizona e Novo México, três dos quatro Estados na divisa com o México (o outro é a Califórnia).
Mas a iniciativa do governo tem recebido críticas, também. Os opositores afirmam que o programa é “a fronteira perfeita do Google” e que as câmeras fazem muito pouco para prevenir atividades ilegais na fronteira. “A segurança fronteiriça merece o trabalho de profissionais, não de assíduos em um pub de Perth” (cidade na Austrália), afirmou o senador do Texas Eliot Shapleigh, para quem as poucas prisões efetuadas com o auxílio dos internautas nào justificam o investimento. As câmeras colocadas em áreas privadas e enclaves usados por traficantes de drogas e imigrantes custaram ao governo federal cerca de dois milhões de dólares.

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