Histórico

Mais de 275 mil casos pendentes nas cortes

Guatemaltecos esperam até 575 dias

Na América Latina, os mais afetados são os imigrantes guatemaltecos que esperam 575 dias para seus casos serem analisados
Um relatório publicado pela Universidade de Syracuse revelou que durante os seis primeiros meses de 2011 os tempos de espera nos processos pendentes nas cortes de imigração aumentaram e, algumas vezes, demoram mais de dois anos.

O estudo determinou que 275.316 casos aguardavam por uma decisão, um novo recorde.

Os dados que alimentaram o estudo foram obtidos pela iniciativa Transactional Records Access Clearringhouse (TRAC) da Universidade de Syracuse.

Em média, o tempo de espera para a resolução de um caso é de 302 dias, um crescimento de 30% em relação ao tempo médio registrado em 2009. Os tempos de espera para imigrantes com ordem de deportação registraram uma média de 158 dias, em comparação aos 141 dias de espera registrados no ano passado.

A Universidade de Syracuse indicou que o crescimento no número de casos na fila de espera ocorre apesar de nos últimos 12 meses as cortes de imigração terem contratado mais magistrados. As cortes dispõem atualmente 44 juízes para atender os 275 mil casos acumulados.

Os estados onde se registram os maiores tempos de espera são Califórnia (660 dias), Massachusetts (617) e Utah (537). Com relação à nacionalidade mais afetada pelas esperas, os armênios encabeçam a lista com 955 dias à espera da resolução de seus casos, três vezes mais do que a média estimada em 302 dias. Depois deles, vêm os indonésios (832) e iranianos (640). Na América Latina, os mais atingidos são os guatemaltecos que precisam esperar cerca de 575 dias.

Em 2010, a Associação de Advogados dos Estados Unidos (ABA) publicou um relatório no qual denunciou uma série de falhas e carências nas cortes de imigração (BIA) e solicitou que elas sejam independentes para garantir a devida isenção no processo de milhares de imigrantes.

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