Cidade está um caos e autoridades pedem para que moradores não saiam de casa
O temporal que castiga o Rio de Janeiro desde a tarde de segunda-feira já causou a morte de pelo menos 77 pessoas. A chuva deixou também dezenas de feridos e as autoridades calculam que há 20 desaparecidos somente no município. Os problemas atingiram também cidades vizinhas, como Petrópolis (Região Serrana), São Gonçalo (região de Niterói) e Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, fez um apelo para que moradores evitem sair de casa. “É um risco enorme tentar atravessar os alagamentos. A situação é crítica, enquanto a chuva não baixar dificilmente a gente consegue mudar esta situação”, disse o prefeito.
Para os que moram nas encostas e locais de risco, a ordem é outra: abandonem suas residências, pois a expectativa para os próximos dias é de mais chuva. “Sabemos que é triste perder suas coisas, mas pior é perder a vida”, disse secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes. O governador do Rio, Sérgio Cabral, deve decretar estado de calamidade e emergência no estado.
A média de precipitação na cidade bateu recorde nestes dois dias. Foram mais de 288mm, bem acima das últimas chuvas torrenciais que atingiram o Rio de Janeiro nas enchentes de 1996 e 1988. Muitos bairros ainda estão sem energia e algumas das mais importantes vias continuam interditadas. “Não vou me eximir de culpa, mas o que aconteceu é absolutamente atípico”, defendeu-se o prefeito, confirmando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu ajuda federal.
