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Obama: Reforma imigratória vai estimular o financiamento de imóveis

Declaração foi dada em videochat sobre investimentos imobiliários nos EUA

DA REDAÇÃO COM AP — O presidente Barack Obama insistiu nesta quarta-feira (7) que se o Congresso aprovar uma reforma imigratória que inclua a naturalização para 11 milhões de imigrantes sem papéis isto pode resultar em uma injeção multimilionária para a economia americana principalmente porque muitas famílias comprarão moradias.

Ao responder às perguntas do público durante um videochat dedicado à reforma do setor hipotecário, Obama fez uma menção à reforma de imigração como “um tema que não parece estar relacionado, mas está”.

“Se obtivermos a reforma imigratória, subitamente todos tipos de famílias sairão das sombras, pagando impostos, pagando multas, mas também muito provavelmente comprarão moradias e com frequência em algumas das vizinhanças que tiveram mais inadimplências hipotecários”, disse o mandatário durante a transmissão moderada por Spencer Rascoff, gerente geral do website zil low.com, dedicado à venda de imóveis.

As pessoas que se legalizarão com uma reforma imigratória “acrescentam valor à comunidade, aumentam o valor da propriedade e esta é uma das razões pelas quais se estima que a reforma imigratória pode trazer $3 bilhões para a economia, principalmente porque estarão comprando casas”, completou.

Durante o discurso pronunciado na véspera em Phoenix sobre a reforma do setor hipotecário, Obama exortou a audiência para “que animem os republicanos na Câmara de Deputados para que deixem de arrastar os pés”, referindose à recusa da maioria republicana em debater o projeto de lei aprovado pelo Senado em junho.

Muitos republicanos não só discordam com a ideia de legalizar pessoas que permanecem em território americano violando as leis imigratórias, como também têm expressado temor de que a legalização de 11 milhões de pessoas possa acentuar o índice de desemprego de 7 por cento atualmente registrado na mão-de-obra americana.

Obama referiu-se à reforma imigratória horas depois de um dos protagonistas deste processo no Senado expressar sua confiança de que possa haver um acordo com a Câmara de Deputados.

“Preferiríamos muito mais o projeto amplo, mas nos parece bem qualquer via pela qual a Câmara de Representantes o aprovar”, disse o senador democrata Chuck Schumer em uma entrevista a CNN. “As coisas avançam na direção correta”.

Impulsionadores da reforma imigratória planejam eventos em diversos distritos eleitorais durante o atual recesso de verão que terminará na segunda semana de setembro, com a intenção de persuadir os legisladores céticos a votarem a favor de uma reforma imigratória que inclua a opção da naturalização para os imigrantes sem papéis.

A intervenção de Obama seguiu seu discurso de terça-feira (6), no qual enfocou a necessidade de simplificar as regulamentações atuais para diminuir a frequência com que os bancos recusam empréstimos a famílias que reúnem os requisitos estabelecidos pelo governo federal para obtê-los, um obstáculo que afeta de maneira especial os latinos apesar dos sinais de recuperação mostrados recentemente pelo setor da construção.

A insistência dos bancos em solicitar em média uma cota inicial de 20 por cento do custo total do imóvel é o principal obstáculo enfrentado pelos latinos para aproveitar as baixas taxas de juros, por se transformar em uma quantia inacessível para muitas famílias latinas.

Apenas 46 por cento dos latinos possuíam moradia em 2012 em comparação aos 73 por cento dos caucasianos, segundo um estudo recente do Conselho Nacional de la Raza e do Centro para o Progresso Americano.

A mensagem central do discurso de Obama consistiu em eenfocar a reforma do sistema ao fechar os bancos hipotecários estatais Fannie Mae e Freddie Mac “que o governo federal resgatou em 2008 por $187 bilhões’ com o objetivo de preservar a oferta de hipotecas para 30 anos com juros fixos e de evitar a criação de outra bolha hipotecária como a que desatou a recessão global em 2006.

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