A temporada de furacões do Atlântico de 2025 — que se encerra em 30 de novembro — caminha para se tornar um marco histórico, já que nenhum sistema atingiu a costa continental dos Estados Unidos, algo que não ocorria há cerca de 10 anos. Apesar do alívio para as regiões litorâneas, meteorologistas alertam que a ausência de impactos diretos não significa que a temporada tenha sido fraca. Embora o cenário represente tranquilidade para as áreas costeiras, especialistas ressaltam que a temporada foi marcada por tempestades intensas e, em alguns casos, potencialmente devastadoras caso tivessem seguido trajetórias diferentes.
As projeções iniciais da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) apontavam para uma temporada mais ativa que a média, com probabilidade de 60% de atividade acima do normal e estimativas entre 13 e 19 tempestades nomeadas. A ausência de landfalls é atribuída a condições atmosféricas específicas que influenciaram os ciclones tropicais e favoreceram o desvio das tempestades para alto-mar. Alguns dos sistemas que alcançaram categorias 4 e 5 — como Erin, Gabrielle e Humberto — permaneceram sobre o oceano.
As temperaturas elevadas da superfície do mar, impulsionadas pelas mudanças climáticas, forneceram combustível para episódios de rápida intensificação e sustentaram tempestades de grande intensidade, mesmo sem impacto direto em áreas habitadas.
O ano também impôs desafios operacionais à NOAA, que relatou atrasos em dados essenciais de satélites, fundamentais para o monitoramento e a previsão detalhada dos sistemas tropicais. A situação acende um alerta sobre a necessidade de reforçar infraestrutura e aprimorar ferramentas de observação.
