Histórico

Remessas de brasileiros chegaram a US$ 7 bi

Na América Latina, remessas correspondem a até 10% do PIB

Os brasileiros que vivem e trabalham no exterior enviaram ao país US$ 7 bilhões (cerca de R$ 14,5 bilhões) no ano passado, segundo matéria do diário econômico Financial Times nesta sexta-feira.
De acordo com o jornal britânico, os dados serão divulgados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em um encontro neste fim de semana.

A cifra significa um aumento de 9% em relação aos US$ 6,4 bilhões enviados em 2005, disse o FT.

Na América Latina, as remessas de brasileiros só ficam atrás do volume enviado por mexicanos (US$ 23 bilhões). Colombianos enviaram à terra natal US$ 4 bilhões em 2006, disse o jornal.

Juntos, diz a matéria, os três países respondem por mais da metade dos US$ 62,3 bilhões enviados por imigrantes latino-americanos e caribenhos em 2006 – um aumento de 15% em relação ao ano anterior.

Importância

Apesar do grande volume movimentado por sul-americanos, a matéria destaca que as remessas são particularmente importantes para os países da América Central.

Em alguns países, elas correspondem a até 10% do Produto Interno Bruto (PIB).

Um porta-voz do BID disse ao repórter do FT que, sem elas, entre oito milhões e dez milhões de famílias latino-americanas estariam abaixo da linha pobreza.

Sucessivos aumentos nas remessas de estrangeiros têm motivado discussões em fóruns internacionais para reduzir as taxas cobradas sobre as operações financeiras, e canalizar o fluxo dos recursos para a economia formal.

Dados do relatório citados pelo FT indicam que dois terços das remessas de sul-americanos se originam nos Estados Unidos.

A Europa, sobretudo Espanha, Portugal, Itália e Grã-Bretanha, são a origem de 15% do volume.

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