Estados Unidos

Shutdown entra no 6º dia com ameaça de demissões

O congelamento das verbas federais já afeta os cidadãos, com a redução das atividades de agências regulatórias e atrasos na emissão de passaportes, vistos e autorizações

Hospitais federais e programas de saúde emergencial, como Medicare e Medicaid, seguem atendendo, mas enfrentam dificuldades administrativas (Foto: Freepik)
Hospitais federais e programas de saúde emergencial, como Medicare e Medicaid, enfrentam dificuldades administrativas (Foto: Freepik)

A paralisação parcial do governo segue nesta segunda-feira (6), sem sinal de acordo entre republicanos e democratas no Congresso. O impasse em torno do orçamento federal ameaça evoluir para uma crise social e econômica mais ampla, com a Casa Branca já admitindo a possibilidade de demissões de servidores caso as negociações não avancem.

O conselheiro econômico Kevin Hassett afirmou que “haverá demissões” caso o presidente considere que as conversas no Congresso não estão avançando. Cerca de 750 mil servidores federais já foram afetados — parte afastada por suspensão temporária e outra trabalhando sem pagamento. Sindicatos ingressaram na Justiça contra o governo, alegando que as ameaças de cortes permanentes violam leis trabalhistas e de serviço público. Especialistas alertam que, se as demissões se concretizarem, o país poderá enfrentar uma retração no poder de compra e até uma desaceleração econômica já em 2025.

O shutdown já afeta a população com a redução das atividades de agências regulatórias, como a FDA e a EPA, além dos atrasos na emissão de passaportes, vistos e autorizações federais. Parques nacionais e museus federais foram fechados, e programas sociais que atendem famílias de baixa renda enfrentam risco de interrupção.

Apesar do congelamento do orçamento, serviços essenciais continuam em funcionamento. Militares, policiais federais, controladores de tráfego aéreo, agentes de fronteira e funcionários de segurança nacional permanecem em atividade, embora muitos estejam temporariamente sem pagamento.

O bloqueio teve início em 1º de outubro, data que marca o início do ano fiscal americano, após o governo de Donald Trump congelar cerca de $ 28 bilhões em verbas federais. Os republicanos pressionam por cortes em programas sociais e mudanças estruturais em áreas como saúde pública, enquanto os democratas defendem a manutenção de benefícios já assegurados, incluindo recursos para educação e alimentação.

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