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Três pessoas são mortas a tiros em Jacksonville (FL); crime teve motivação racista, afirma polícia

Em entrevista coletiva no domingo (27), o xerife TK Waters disse que o ataque foi motivado por ódio racista: "O atirador havia escrito mensagens detalhando seu ódio pelos negros"

Ryan Christopher Palmer atirou em três pessoas e se matou em seguida. Foto: Facebook

Um homem matou três pessoas a tiros em um ataque com motivação racial em Jacksonville (FL), no sábado (26), informou a polícia. Ryan Christopher Palmer, de 21 anos, disparou onze tiros contra uma mulher sentada em seu carro, antes de entrar em uma loja e atirar em outras duas pessoas. Ele tirou a própria vida após o ataque. As três vítimas foram identificadas como Anolt Laguerre Jr, 19, Jerrald De’Shaun Gallion, 29 e Angela Carr, 52 anos. Laguerre trabalhava na loja Dollar General onde ocorreu o crime, disse a empresa.

Em entrevista coletiva no domingo (27), o xerife TK Waters disse que o ataque foi motivado por ódio racista. “O atirador havia escrito mensagens detalhando seu ódio pelos negros”, disse. “Ele sabia o que estava fazendo. Estava 100% lúcido”, acrescentou. Waters também confirmou que o atirador deixou algumas pessoas saírem da loja sem feri-las. Palmer não tinha antecedentes criminais e morava com os pais no condado de Clay.

As autoridades descobriram que o atirador havia sido afastado de um campus historicamente negro (HBCU) de uma universidade momentos antes da atacar as vítimas em uma loja de conveniência.

Sherri Onks, agente especial responsável pelo escritório do FBI em Jacksonville, disse que as autoridades federais abriram uma investigação de direitos civis e considerariam o incidente um crime de ódio. “Os crimes de ódio são sempre e sempre serão uma prioridade máxima para o FBI porque não são apenas um ataque a uma vítima, mas também têm como objetivo ameaçar e intimidar uma comunidade inteira”, disse Onks.

Segundo informou o xerife Water, o atirador foi detido em 2017 por 72 horas em um abrigo da Lei Baker, legislação de saúde mental que permite a detenção involuntária de um indivíduo para tratamento. Mas, segundo a polícia, suas armas foram adquiridas legalmente. Como Palmer foi libertado após seu exame de saúde mental, isso não teria aparecido em sua verificação de antecedentes.

No domingo (27), o presidente Joe Biden declarou que “a supremacia branca não tem lugar na América”. O governador da Flórida, Ron DeSantis, visitou a família das vítimas em Jacksonville no domingo e chamou o atirador do ataque de “lunático odioso”.

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