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Trump janta com Democratas e negocia acordo para DACA

Líderes da oposição prometem trabalhar em legislação pela segurança na fronteira em troca de uma solução para o problema dos Dreamers

Nancy Pelosi e Chuck Schumer
Nancy Pelosi e Chuck Schumer

O presidente Donald Trump está perto de fechar um acordo com os Democratas para resolver o problema dos jovens imigrantes protegidos pelo Deferred Action for Childhood Arrivals (DACA), o programa implantado no governo Obama para proteger da deportação os jovens imigrantes que foram trazidos ainda crianças para os Estados Unidos.

O acordo foi costurado durante um jantar entre os líderes da oposição, Nancy Pelosi e Chuck Schumer, e o presidente, na noite de quarta-feira (13) em Washington. É o segundo acordo direto entre o presidente e o Partido Democrata. No início do mês, um acordo sobre o teto da dívida havia sido fechado diretamente entre o presidente e os Democratas, sem a participação dos Republicanos.

Trump deu a entender que a liberação de verba para a construção do muro na fronteira com o México – uma das suas principais promessas de campanha – faria parte do acordo e seria um pré-requisito para a solução do problema dos Dreamers, como são chamados os beneficiários do DACA. No começo do mês, o presidente revogou o programa de Obama.

Na Flórida, onde esteve na quinta-feira para verificar os estragos causados pelo furacão Irma, Trump disse que não se trata de “cidadania” ou de “anistia”, mas sim de “uma forma de permitir que as pessoas fiquem aqui”. Mas acrescentou: “Se não houver muro nada será feito.” Mais cedo, na mesma quinta, Trump havia dito à imprensa que “o muro virá depois”.

Os dois líderes Democratas anunciaram logo em seguida ao jantar com o presidente, na noite de quarta-feira, que concordaram em “apressar a implementação das proteções do DACA em um projeto de lei rapidamente, e trabalhar em um pacote para a segurança na fronteira, menos o muro, que seja aceitável para os dois lados”.

Se um acordo sobre o DACA entre o presidente e os Democratas for alcançado, será o segundo golpe nas lideranças Republicanas, já deixadas de fora no debate sobre o aumento do teto da dívida no começo de setembro. Os líderes Republicanos não estiveram presentes no jantar de quarta-feira, e o encontro causou incômodo entre a bancada do partido. “Inacreditável! Anistia é um perdão para os que violaram a lei imigratória, e ao mesmo tempo uma recompensa pelo seu crime”, comentou o deputado Steve King (R-Iowa) pelo Twitter.

 

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