Depois do ataque contra dois membros da Guarda Nacional em Washington, D.C., que deixou um morto e outro em estado crítico, o presidente Donald Trump voltou a defender a ideia de revogar a cidadania de americanos naturalizados que ele considere “ameaças à tranquilidade nacional”.
O suspeito do ataque é afegão, e o governo Trump anunciou a suspensão imediata de todos os processos de asilo e a paralisação de vistos para cidadãos do Afeganistão. A medida seria uma resposta direta ao atentado.
Advogados de imigração e constitucionalistas, porém, alertam que tirar a cidadania de naturalizados não é simples. A lei americana permite revogar cidadania somente quando ela foi obtida por fraude ou omissão relevante no processo de naturalização. Tentativas de usar esse mecanismo como punição preventiva enfrentariam chances de bloqueio na Justiça.
A escalada do discurso mais severo reacende debates sobre imigração, segurança e os limites legais de medidas presidenciais em tempos de crise. Enquanto isso, comunidades imigrantes permanecem em alerta, temendo que a proposta de revogação de cidadania, ainda que oficialmente restrita a criminosos, possa ser interpretada de forma mais ampla e afetar naturalizados em outros contextos.
