Os três grandes do futebol paulista não passaram das oitavas de final na Copa Libertadores da América 2013
Antonio Tozzi
Pela primeia vez na história da Copa Libertadores da América, os três grandes clubes do futebol de São Paulo “Corinthians, Palmeiras e São Paulo” disputavam a mesma edição da Copa Libertadores da América. Todos, é claro, alimentavam a esperança de levantar a taça e disputar o torneio intercontinental no final do ano, de preferência enfrentando a equipe alemã que conquistar a Copa dos Clubes Campeões da Europa” o ganhador sairá do jogo decisivo entre Bayern de Munique (o favorito) e o Borussia Dortmund (a zebra), marcado para o próximo dia 25 de maio, no estádio de Wembley, em Londres.
Entretanto, o roteiro não poderia ter sido pior para todos eles. O primeiro a deixar a competição foi o São Paulo Futebol Clube, ironicamente o maior ganhador deste torneio entre os clubes brasileiros, com três conquistas. A torcida do Tricolor paulista não esconde que esta é a competição que mais desperta interesse entre seus fãs.
Porém, o desempenho da equipe foi pífio. Mesmo reforçada com Luiz Fabiano, Jadson, Ganso e Lúcio, o time nunca empolgou. Só mostrou mesmo um bom futebol na última partida da fase de classificação quando bateu o Atlético Mineiro “até então invicto” no Morumbi por 2 a 0 e assegurou sua passagem para a próxima fase do torneio, beneficiado com uma conjunção favorável de resultados.
No entanto, o destino colocou novamente o Galo mineiro no caminho do Tricolor paulista. E, desta vez, o roteiro foi diferente. A equipe de São Paulo saiu jogando um futebol envolvente e abriu o placar, dando a entender que poderia surpreender a melhor equipe da atual Copa Libertadores da América. Entretanto, uma jogada desastrada do experiente Lúcio mudou o panorama do jogo. Depois de uma entrada estabanada, foi expulso pelo árbitro. Com um jogador a menos, ficou difícil resistir ao futebol do Alvinegro mineiro que deixou o Morumbi com a vitória de 2 a 1.
Na partida de volta, disputada no Estádio Independência, o Atlético Mineiro mostrou porque está invicto há tanto tempo lá. O time, comandado por Ronaldinho Gaúcho, na semana passada, simplesmente atropelou o São Paulo que saiu derrotado por 4 a 1 e agradecendo por não ter levado de mais.
Palmeiras decepciona mais uma vez
Considerado o atual “patinho feio” entre os grandes paulistas, o Palmeiras até fez uma fase de classificação surpreendente, conquistando o primeiro lugar em seu grupo. A tabela indicou que o próximo adversário seria o Tijuana, do México, um clube de apenas seis anos de idade e sem nenhuma tradição. Os pontos favoráveis à equipe mexicana eram a invencibilidade como mandante e o gramado sintético de seu estádio. Contrariando os prognósticos, o Palmeiras fez uma boa partida no México, com destaque para a boa atuação do goleiro Bruno. Trouxe do México um bom empate de 0 a 0 e só não saiu vitorioso porque o árbitro ignorou um pênalti claro cometido pelo zagueiro no meia palmeirense Wesley.
O jogo de volta, ocorrido na terça-feira (14), tinha tudo para garantir a passagem do Alviverde paulista para as quartas-de-final. O adversário não era tão forte, enfrentara uma viagem cansativa e jogaria num estádio lotado de torcedores fanáticos. Depois de uma blitz contra a defesa mexicana, que culinou num tirombaço do lateral Ayrton no travessão, as coisas ficaram negras para o Palmeiras no Pacaembu. A torcida emudeceu depois de Bruno (foto) ter sofrido um frango histórico num chute despretensioso do atacante Riascos.
Após o choque, os torcedores voltaram a apoiar o time, que demonstrou ter sentido o golpe. Atacou desordenadamente, mas com pouca objetividade. No segundo tempo, esperava-se uma pressão do Palmeiras, mas foi o Tijuana quem ampliou, com um belo chute de Fernando Arce, aproveitando uma bola mal rebatida por Henrique.
Quando tudo parecia perdido, no entanto, o árbitro marcou um pênalti duvidoso a favor do Palmeiras, convertido pelo meia Souza. O Pacaembu voltou a se incendiar e teria ficado ainda mais quente caso o bandeirinha não tivesse anulado um gol legal do centro-avante Kleber, que decretaria o empate na partida, restando ainda cerca de 20 minutos de jogo. Mas o resultado acabou 2 a 1 para o Tijuana e a derrota custou a eliminação do Palmeiras.
O favorito Corinthians
Trazendo consigo as conquistas de 2012, muitos especialistas apontavam o Corinthians como o favorito para ganhar a Copa Libertadores da América pela segunda vez consecutiva. Entretanto, a verdade é que até agora o futebol dos corintianos não vem empolgando como no ano passado.
Depois de ter sido derrotado pelo Boca Juniors na partida de ida em Buenos Aires por 1 a 0 jogando muito mal, todos apostavam que a organização do Alvinegro paulista, apoiado por sua fanática torcida, seria suficiente para superar a equipe argentina, que não figura entre as melhores nem mesmo em seu país.
Os Xeneizes, porém, demonstraram que a camisa azul e amarela ainda tem a mística dos campeões. No jogo de volta, no Pacaembu, a maioria dos cronistas esportivos acreditava que o Corinthians seria capaz de reverter o resultado e se classificar para as quartas-de-final. Entretanto, um chute bem colocado do meia Riquelme no ângulo do goleiro Cássio, que falhou no lance, fez com que os argentinos terminassem o primeiro tempo em vantagem.
Logo aos 7 minutos, o meia Paulinho (convocado por Felipão) deixou tudo igual, marcando de cabeça, após uma desatenção da zaga e do goleiro do Boca Juniors. Esperava-se uma forte pressão corintiana, mas o que se viu foi os argentinos fazendo cera e controlando a partida. De nada, adiantaram as entradas de Edenilson, Douglas e Pato, que perdeu um gol incrível. A exemplo do Palmeiras, o Alvinegro paulista foi prejudicado pela arbitragem que não marcou um pênalti contra o Boca Juniors e anulou um gol legítimo de Romarinho, mas a verdade é que o Boca Juniors foi mais time e mereceu a classificação.