Aline Rezener

Viajando com Excursão 

Indico grupos para quem está vindo sozinho ou não tem experiência em viagens internacionais
Indico grupos para quem está vindo sozinho ou não tem experiência em viagens internacionais

O relato de hoje é de Aline Rezener, pessoa que pensou durante muito tempo que viajar com excursão seria uma péssima experiência.

A ideia de viajar em grupo, com roteiros e horários pré-estabelecidos sempre me arrepiou. Imagine investir um dinheiro em uma viagem e você não ter liberdade de fazer o que quer. Não conhecer aquela loja, não ir naquela atração ou até mesmo não comprar aquela câmera para registrar os momentos da sua viagem.

Por muito tempo sempre pensei dessa maneira, até o meu blog, Malucas & Piradas, ser convidado pela agência Magic Blue Turismo para acompanhar um grupo de viagem para Orlando. Lembro que na hora vieram todos os “pré conceitos” em mente, mas ao mesmo tempo resolvi dar uma chance para viver uma experiência dela e ter a minha própria opinião baseada em fatos, e não em achismos.

O primeiro grupo foi em janeiro desse ano. Fazia muito frio. Algumas noites com sensação de -2. Nosso grupo tinha 7 pessoas. A maioria eram adultos com seus filhas e sobrinhas adolescentes. Desde o começo já pude perceber que o grupo em si já interagia pois estava dividido em praticamente duas faixas etárias. As adolescentes sempre estavam juntas indo nas atrações, competindo para quem conseguia mais autógrafos de personagens ou quem sentia menos medo nas montanhas russas.

Não que os adultos não fizessem o mesmo, mas elas tinham mais assuntos em comum e se sentiam mais seguras por ter duas guias que cuidavam de ajudar a fazer os pedidos de alimentação por conta da língua, fazer o check in e o check out no hotel, tirar dúvidas na hora das compras no outlet e até mesmo resolver imprevistos que acontecem em viagem.

Aquele grupo ficou tão unido que, dia a dia, aquele meu “pré conceito” foi sumindo. Meus olhos só podiam ver um grupo de pessoas curtindo suas férias junto. Algumas cenas ficaram marcadas em mim como quando eles viam que uma montanha russa estava com apenas cinco minutos de fila, a euforia era geral. Pulos, gritos, sorrisos e correria para ver quem chegava primeiro.

Posso dizer que a experiência foi tão bacana que tivemos uma enorme procura para um segundo grupo.

Para nossa felicidade, o segundo grupo aconteceu esse mês e tivemos vinte e seis pessoas nele. Dessa vez com pessoas do Brasil inteiro, com idades e interesses diferentes. Tivemos crianças de dois anos, adolescentes e adultos. Solteiros e famílias com quatro filhos e todos, igualmente, se divertiram.

Algumas lojas não estavam previstas, mas eles sempre combinavam de ir juntos nas brechas que o roteiro permitiam. E, preciso dizer, foram muitas brechas, pois alguns deles chegaram a ir três vezes no Orlando Premium Outlets para comprar o que esqueceram ou até mesmo para trocar alguma peça. Alguns deles optaram por conhecer o completo The Orlando Eye que não estava no roteiro, outros passaram um dia no Busch Gardens, e assim, todos aproveitaram tudo o que quiseram.

O clima foi tão bacana que a despedida teve choro, eles marcavam entre si de se encontrarem no Brasil. A família do nordeste iria visitar a família do Rio de Janeiro e a de São Paulo iria pro nordeste.

Posso dizer que a visão que tinha de grupo mudou completamente. As excursões muitas das vezes serão a única oportunidade de muitas famílias viajarem por muitas terem medo de dirigir fora do Brasil, não falarem inglês e terem problemas sem saber resolver principalmente com criança ou na imigração.

Hoje, eu indico grupos para quem está vindo sozinho ou não tem experiência em viagens internacionais e se sente inseguro. Tive ótimas experiências e conheci pessoas de que vou me lembrar a vida toda.

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