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Alabama torna indocumentados em vilões

Na semana passada, o governador do Estado assinou a mais severa lei contra os imigrantes sem papéis dos EUA

A lei, aprovada pela Assembleia Legislativa e pelo Senado Estadual e assinada pelo governador Robert Bentley, é a mais dura já promulgada no país. Além de seguir as diretrizes da lei que entrou em vigor no Arizona, extrapola e atinge até mesmo as crianças, uma vez que os pais precisarão comprovar seu status legal para matricular seus filhos numa escola pública.

De acordo com a medida, a polícia pode deter qualquer suspeito de ser indocumentado se ele estiver sendo interrogado por qualquer outro motivo. Evidentemente, as empresas do Alabama também deverão confirmar agora se o novo empregado reside legalmente nos Estados Unidos e a lei considera ainda um delito transportar um indocumentado ou alugar imóvel para alguém que sabidamente vive irregularmente no país.

Robert Bentley, do Partido Republicano, diz estar otimista de que a lei será útil no combate à imigração ilegal e previu que a nova lei terá sua constitucionalidade aprovada nos tribunais antes da data programada para entrar em vigor: 1º de setembro deste ano.

Grupos ativistas como a Associação Nacional para a Defesa dos Direitos Civis e o órgão Southern Poverty Law Center admitiram ser esta a lei mais dura deste tipo em todo o país, mas avisaram que recorrerão à justiça para impedi-la. A diretora da área legal do Southern Poverty Law Center, Mary Bauer, sustentou que espera ver esta lei invalidada rapidamente. “É claramente anticonstitucional. É perversa, racista e acredito que uma corte a invalidará”, afirmou a advogada.

Alabama tem cerca de 120.000 indocumentados, que representam um aumento de cinco vezes em relação há uma década, segundo a Pew Hispanic Center. A maioria trabalha em granjas, em fábricas processadoras de frango e na construção.

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