Histórico

Apesar da pressão, Muamar Khadafi não abandona governo da Líbia

Atual foco dos protestos no mundo árabe, país registrou mais de 200 mortes no fim de semana

Mesmo com toda a insatisfação do população, o presidente da Líbia, Muammar Khadafi, não tem planos de abandonar o poder. Há 42 anos à frente do governo, ele enfrenta não apenas a revolta do povo, como a insurgência de seus próprios aliados: vários diplomatas líbios no exterior renunciaram a seus cargos, insatisfeitos com a maneira como o líder reagiu à onda de protestos no país.

O número de mortos nos últimos quatro dias de manifestações passou de 233, segundo balanço da Human Rights Watch. O conflito se acirrou no fim de semana, mas o filho de Khaddafi disse que o pai vai combater a revolta popular “até o último homem em pé”. “Muammar Khadafi não é Mubarak, não é Ben Ali. É um líder do povo e está no poder, com o apoio de muitas pessoas”, afirmou Seif Al Islam Khadafi, acusando a imprensa de fomentar a violência.

Mas a verdade é que na capital, Trípoli, houve inúmeros confrontos. Prova disso é que o embaixador líbio na Índia, Ali al-Issawi, deixou o cargo em protesto contra o uso de violência por parte do governo e afirmou que mercenários estrangeiros foram mobilizados para atuar contra os cidadãos. Mais de 2.300 tunisianos residentes na Líbia abandonaram o país desde domingo por razões de segurança e de maneira espontânea, já que consideram que a situação vai piorar. O governo brasileiro também está tentando retirar os nossos conterrâneos da região. Como resultado da instabilidade política na Líbia, o preço do petróleo subiu e atingiu 104,57 dólares, o maior nível desde o início da crise econômica, em 2008.

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