Histórico

Após vitória em NY, Marilson dos Santos diz que foco é Olimpíada

Três dias depois de vencer a maratona de Nova York e se tornar uma celebridade instantânea, o fundista Marilson Gomes dos Santos anunciou que seu próximo objetivo será disputar a maratona da Olimpíada de Pequim, mesmo que para isso tenha que ficar de fora da prova nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007.

“A gente vai ter que planejar tudo certinho, para que eu não cometa o mesmo erro que eu cometi na Olimpíada passada, de ter ficado de fora”, disse Marilson a jornalistas, em uma entrevista coletiva em São Paulo, na quarta-feira.

Segundo o técnico de Marilson, Adauto Domingues, provas de menor extensão serão a tônica do treinamento do atleta no ano que vem.

“A gente quer que ele melhore ainda alguns resultados em (provas de) 5.000 e 10.000 (metros) (…) para que ele possa ter uma passagem na maratona olímpica com um pouco mais de conforto”, afirmou Domingues.

Até os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em julho do ano que vem, Marilson disputará competições preparatórias, e seu técnico tem planos de fazê-lo correr provas de cross country. No Pan, o fundista não deve disputar a maratona.

“Se eu colocá-lo na maratona do Pan de 2007, perco algumas provas no segundo semestre, como Chicago e Berlim”, declarou Domingues, explicando que no Rio de Janeiro Marilson disputará apenas provas de 5.000 e 10.000 metros.

“Todo o processo dele visa (a Olimpíada de Pequim, em) 2008. Vou em cima desse plano para ele ganhar o Pan”, destacou.

“O Pan-Americano vai ser uma competição muito importante para a gente. A expectativa é que eu possa melhorar esses resultados”, comentou Marilson.

O bicampeão da Corrida de São Silvestre em 2003 e 2005 talvez não participe também da edição da prova paulistana de 2006.

“Temos que fazer avaliações físicas e clínicas, pois ele teve um grande desgaste em Nova York, está com uma lesão no pé. Mas não está confirmado nem descartado (que ele correrá a São Silvestre)”, disse Domingues.

VITÓRIA EM NOVA YORK

Assediado nos EUA e no Brasil após sua vitória na maratona de Nova York — em que pela primeira vez um sul-americano foi o primeiro colocado –, Marilson diz que a correria ainda não acabou.

“Na verdade, até agora a maratona ainda não acabou. Os dois dias depois da maratona foram muito corridos, tive que assumir alguns compromissos, o que sempre acontece com o campeão da prova. É uma grande maratona, de status mundial, não tem como fugir disso”, afirmou.

Marilson terminou a prova com o tempo de 2h09min58s, seguido de Stephen Kiogora com 2h10min06, e do recordista mundial Paul Tergat, com 2h10min10s.

“Teve um momento da prova em que eu fiquei preocupado, porque comecei a sentir algumas dores musculares. Procurei me concentrar, centrar na prova”, lembrou ele, se emocionando com o momento que está vivendo.

“É o ápice para mim. Nunca imaginei que um dia pudesse chegar a esse ponto”, disse.

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