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Autorizações de trabalho para os ‘sem papéis’?

Califórnia está pensando em conceder status para os indocumentados seguindo os passos de Arizona e Alabama, mas com sinal trocado

Assim como no Arizona e no Alabama foram elaboradas leis que restringem os direitos dos imigrantes sem papéis, na Califórnia pode estar sendo lançada uma iniciativa que concederia autorização de trabalho legal para os indocumentados.

Trata-se do “Plano Califórnia”, uma iniciativa que foi apresentada no Congresso Latino realizado no Pitzer College de Claremont, neste fim de semana, para desafiar as leis federais diante da falta de ação do Congresso e da Casa Branca no que se refere à reforma imigratória. “O Plano Califórnia pretende oferecer status legal que dê direito aos imigrantes indocumentados trabalhar, desde que preencham certos requisitos, somente na Califórnia”, comentou Antonio González, integrante do comitê organizador do Congresso Latino.

Se os indocumentados pagarem impostos, não tiverem delitos graves e não recebem benefícios do Welfare, entre outros, e forem aprovados após um proceso de revisão, receberão um número como o do Seguro Social, mas californiano, com o qual poderão trabalhar de maneira legal no estado, explicou González. Acredita-se que três quartos dos indocumentados na Califórnia poderão ser beneficiados com este plano.

Na próxima semana, começará o processo administrativo no governo estadual, para em janeiro dar início à coleta de assinaturas (esperam conseguir 750 mil em quatro ou cinco meses) para que a proposta apareça na cédula eleitoral das eleições de novembro de 2012.
“Estamos usando os poderes estaduais e pedindo permissão de Washington para fazer isto, porque confrontamos as leis federais. Outros estados já fizeram políticas públicas imigratórias que foram avalizadas pela Suprema Corte”, citou referindo-se às legislações anti-imigrantes do Arizona e Alabama.

Seria uma iniciativa de confrontação das leis federais como foi feito com a legalização da maconha para uso medicinal, destacou. Segundo as pesquisas, mais de 60% dos votantes, incluindo os eleitores anglosaxões, aprovariam a iniciativa.

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