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Banco Central vai socorrer bancos

Medida tenta reduzir efeitos da turbulência internacional

Foi assinada a medida provisória que acabou confirmando os rumores de dificuldades de os pequenos bancos se manterem no mercado, em razão da falta de crédito. Apesar de o BC ter autorizado as grandes instituições financeiras a comprar as carteiras de bancos de pequeno e médio portes, não houve retorno positivo e as ameaças continuavam. Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, será implementado um redesconto diferenciado, pelo qual o BC poderá comprar a carteira de crédito de bancos pequenos e médios, garantindo-lhes capital de giro.

Não há limite, preliminarmente, para os desembolsos, mas o ministro nega risco urgente dos bancos: “Não vemos a necessidade de exercer esta prerrogativa, na medida em que já foram tomadas outras medidas que permitem aos bancos maiores adquirirem as carteiras dos bancos menores”. O BC atualmente já empresta recursos para bancos, mas as operações são de curtíssimo prazo, geralmente overnight.

A Lei de Responsabilidade Fiscal já permitia operações de redesconto em prazos mais longos, disse Meirelles, mas a MP era necessária para dissipar questionamentos jurídicos, principalmente no que diz respeito às garantias oferecidas pelos bancos. Agora, o CMN fará nos próximos dias uma reunião extraordinária para estabelecer os ativos que podem ser oferecidos pelos bancos em garantia a essas operações, que serão feitas de acordo com a necessidade.

Meirelles negou que o governo esteja a reboque dos acontecimentos e mudando o tom de seu discurso. “Estamos sendo coerentes. Desde o início dissemos que agiríamos e tomaríamos as medidas à medida em que fosse necessário. Esta crise é importada. Temos que agir à medida em que ela se desdobra internacionalmente”, explicou o ministro.

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