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Biblioteca virtual em português ajuda filhos de imigrantes

Plataforma Elefante Letrado pode ser utilizada por crianças na Flórida para garantir fluência no idioma do Brasil

CAIO CAMPOS

DIVULGAÇÃO

Um dos desafios de quem imigra para os Estados Unidos com a família, ou mesmo a constitui por aqui, é manter os laços das crianças com a cultura da terra natal. No caso de brasileiros, isso inclui fazer com que os filhos criem a fluência na língua portuguesa. Afinal, atualmente, falar português não é apenas sinal de ligação com o Brasil. Conseguir escrever e se expressar verbalmente no idioma abre até mesmo portas profissionais – em especial na Flórida, com tantos brasileiros vindo morar no estado e abrindo novos negócios. Tendo isso em mente, o conceito de uma plataforma como a do Elefante Letrado, biblioteca interativa on-line recheada com 300 livros infantis em português, pode ser interessante para muitos pais e mães.

A plataforma foi criada em 2013 pela gaúcha Scheila Vontobel, que se inspirou em um sistema usado por suas filhas, ambas em idade pré-escolar, para aprender inglês em uma escola no Brasil. Ela gostou tanto da ideia que foi ver se encontrava algo parecido dedicado ao ensino do português. Como não existia, resolveu criar. Agora, o produto se mostra uma ferramenta útil para incentivar o ensino do português a filhos de imigrantes brasileiros.

“A biblioteca do Elefante Letrado é dividida em níveis progressivos, de acordo com as habilidades de leitura, compreensão e interpretação dos estudantes. É projetada para motivar o interesse e a evolução na leitura e tem seus livros selecionados por um time de profissionais de vários setores da educação”, explica Magali Matsuda, parceira de Scheila na empreitada.

A empresária destaca a versatilidade da plataforma – que é paga e pode ter assinatura adquirada em elefanteletrado.com.br/planos, com preços a partir de R$ 19.90 para usuários domésticos e sob consultas para escolas.

Segundo Magali, a biblioteca virtal, além de garantir a fluência dos pequenos no português, os deixa em contato com a riqueza sonora da língua, ao trazer conteúdo narrado em diferentes sotaques. “O Elefante Letrado não impõe barreiras de aprendizado e pode ser acessado do mundo inteiro, possibilitando o convívio diário da criança com os livros”, diz Magali. “Além disso, todo o acervo oferece a possibilidade de ouvir os livros, desta forma praticando pronúncia e dicção com narradores de várias regiões do Brasil, com sotaques diferentes.”

Pontuação e chat
Para incentivar o uso da biblioteca, o sistema dá pontos à criança. A cada livro lido ou áudio escutado, ela ganha pontos. Ao final de cada livro, um jogo de perguntas avalia a compreensão textual do leitor mirim. Com esses pontos, a criança pode trocar mensagens com outros usuários do sistema, através de chat que pode ser monitorado pelos responsáveis. 

Magali conta que no Brasil a startup educativa tem a meta de se disseminar não somente entre as escolas particulares, mas também no ensino público. “Para cada licença comprada por uma escola privada, doaremos para uma escola sem condições financeiras de adquirir o sistema. Além disso, temos uma meta de doar para 50 escolas públicas. A primeira escola já está entrando no ar no Rio Grande do Sul”, diz. “Trabalhar na área da educação é muito gratificante e o Elefante Letrado quer realmente fazer a diferença na vida das crianças.”

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