Histórico

Brasil domina festival de cinema em Washington

Seis filmes do País concorrem na 27.ª edição do Festival de Cinema Latino-americano de Washington, entre eles “2 Filhos de Francisco”

Ao todo, o Brasil comparece com mais filmes do que qualquer outro país latino-americano, seis longa metragens: “2 Filhos de Francisco”, “Árido Movie”, “Quase Dois Irmãos”, “O Venendo da Madrugada”, a co-produção com o México “Só Deus Sabe” e “Cinema, Aspirinas e Urubus” (indicado pelo Ministério da Cultura para concorrer a uma vaga no Oscar 2007, na categoria melhor filme estrangeiro).

Seguindo o Brasil de perto estão México e Argentina, com quatro longas cada um. Segundo a coordenadora da mostra, o elevado número de filmes brasileiros se deve à qualidade e à diversidade dos filmes realizados no Brasil.

Todd Hitchcok, um dos organizadores do festival, reforça essa tese. “´Em se tratando da produção atual de filmes brasileiros, parecem não faltar opções.”

A cada sessão, o público dá notas para os filmes em exibição. O longa que obtiver a melhor cotação é eleito o melhor do festival.

A julgar pelos longos aplausos destinados a “2 Filhos de Francisco”, o longa-metragem de Breno Silveira tem boas chances de sagrar-se o favorito, uma vez que pareceu cair nas graças do público americano.

Amy Nunn, que contou ter vivido no Brasil por alguns anos, disse ter amado o filme e julgou que o longa tem “apelo universal”.

Sua amiga, Gilligan Moregon, endossou a opinião, acrescentando que o longa, que mostra como a dupla Zezé di Camargo e Luciano venceu a pobreza para atingir o megaestrelato, “poderia fazer sucesso nos Estados Unidos porque carrega muito dos ideais do sonho americano e tem uma mensagem positiva, de esperança”.

A atriz Dira Paes, uma das protagonistas de “2 Filhos de Francisco”, viajou a Washington a convite do festival. Ela disse acreditar que o interesse pelo festival entre a audiência americana se deve tanto ao fato de que o cinema dos Estados Unidos está mudando como também ao gosto do próprio público americano.

“As coisas estão mudando. Hoje em dia, nem sempre os filmes americanos feitos para fazer sucesso acabam tendo êxito. Os filmes realizados nos Estados Unidos hoje em dia refletem uma influência externa. E o gosto do público daqui está mudando também. Estamos bem próximos de chegar a uma linguagem universal no cinema”, afirma.

No ano passado, o Festival de Cinema Latino-americano de Washington atingiu seu público recorde: 6 mil pessoas. A cifra pode parecer modesta, mas é vultosa se levado em conta que a vida cultural em Washington é bem mais tímida que a de Nova York ou Los Angeles, por exemplo.

Assim como neste ano, em 2005, o Brasil também dominou a seleção, com seis longas na mostra, entre eles “Meu Tio Matou um Cara”, “Olga” e “Cazuza – O Tempo não Pára”. A mostra é realizada anualmente em Silver Spring, cidade situada nas imediações de Washington.

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