Histórico

Brasil não deve nada a nenhum outro país, diz coreógrafo

Diretor da Brazarte, Roberto Dias, fala sobre a trajetória da companhia de dança que completa 15 anos de existência

O brasileiro Roberto Dias, diretor da Brazarte, junto a bailarinos da companhia
O brasileiro Roberto Dias, diretor da Brazarte, junto a bailarinos da companhia

DA REDAÇÃO – O brasileiro Roberto Dias chegou aos Estados Unidos há mais de 20 anos e triunfou com uma ideia ousada: montar uma companhia de dança baseada na cultura e música brasileiras em pleno território americano. A ideia, daquelas para gringo ver, agradou, e hoje sua companhia, a Brazarte, se firmou no cenário cultural americano como referência em dança brasileira. Prestes a lançar um novo espetáculo (“Words/Palavras”, baseado na obra da escritora Clarice Lispector”), no dia 1º de agosto em Miami, Dias falou sobre sua trajetória e elogiou o mercado da dança no Brasil. “Não deixamos nada a desejar a outros países”, disse. Confira a entrevista a seguir.

AcheiUSA – Roberto, como você teve a ideia de criar uma companhia de dança brasileira nos EUA?
Roberto Dias – Quando eu cheguei aos Estados Unidos, em 1994, eu tive o convite para coreografar um show brasileiro chamado “Rio Ecstasy”, e durante esse período no país eu comecei a dar aulas de dança, coreografando vários trabalhos. Foi a partir daí que acabei criando a Brazarte Dance Company, com a proposta de divulgar a nossa arte e cultura no exterior.

AU – De lá para cá, houve muitas mudanças na companhia?
RD – Sim, tivemos várias mudancas… Mudancas que fizeram a companhia crescer e acrescentar mais experiência, através das apresentações e obras criadas com temas diferentes.

AU – Como será a apresentação que vai celebrar os 15 anos da Brazarte? O que dá para adiantar ao público?
RD – Nesta apresentação estaremos celebrando os 15 anos da companhia com um obra inédita que tem o título de “Words/Palavras”, na qual serão usados versos da famosa escritora brasileira Clarice Lispector. Além disso, também teremos dois trabalhos que fazem parte do repertório da companhia: “Bahia Sertanejo” e “Corpo”. São dois trabalhos lindíssimos, com muita vida, dança e música.

AU – Nesses 15 anos de história nos EUA, quais espetáculos foram mais bem-sucedidos junto ao público?
RD – Eu acredito que todos foram muito bem-sucedidos, mas os que foram mais apresentados foram “Bossa”, “Bahia Sertanejo”, “Corpo” e “Amazônia”.

AU – O que o público estrangeiro mais aprecia na dança brasileira? Qual o diferencial, na sua opinião?
RD – Tenho certeza de que o estrangeiro aprecia demais a energia e o ritmo brasileiro. Esses são dois pontos fatais.

AU – Você conhece o mercado da dança no Brasil? Se sim, como você vê o mercado brasileiro em comparação ao mercado americano?
RD – Todo ano eu sou convidado para participar de alguns festivais no Brasil como professor, jurado e coreógrafo. Assim, tenho certeza de que o mercado da dança no Brasil está muito avançado. Temos ótimos profissionais da dança no Brasil. Acho que não deixamos nada a desejar a outros países.

AU – Como um dançarino pode vir a fazer parte da Brazarte?
RD – Todos o bailarinos têm que passar primeiro por minha aulas para adquirir o meu estilo, e quando eu vejo que estão prontos eu convido eles para participar da companhia.

Mais informações no site Facebook: Brazarte Dance Company.

Compartilhar Post:

Baixe nosso aplicativo