Histórico

Brasileiro é condenado nos EUA por tráfico humano

O brasileiro Nacip Teotônio Pires, 48 anos, foi condenado a 46 meses de prisão por tráfico humano. Ele fazia parte de uma gangue que trazia brasileiros e indianos ilegalmente para os Estados Unidos. Do Brasil, as vítimas vinham principalmente dos Estados do Paraná e Goiás. Outro membro do grupo, Francismar da Conceição, que seria o principal coordenador das ações do trafico, já havia sido condenado em março deste ano a 10 anos de prisão,

Nacip Teotônio, que também usado os apelidos de “Zé Maria” e “Baraso, está preso desde 10 junho de 2011 em Nova Jersey. Os outros membros da gangue, Rubens da Silva, Sanderlei Alves da Cruz, Claudinei Pereira Mota também estão presos. O sexto integrante do grupo, uma mulher conhecida pelas vítimas pelo nome de Priscila, esta foragida.

Ação

De acordo com o processo, ele e seu grupo teriam agido entre 2008 e 2011 levando imigrantes ilegais a Nova Jersey, Texas e Massachusetts. Eles cobravam entre US$ 13 mil e US$ 25 mil (de R$ 26,3 mil a R$ 50,6 mil) para levar os imigrantes, dependendo da rota usada e da forma de pagamento – antecipado ou em prestações após a chegada aos Estados Unidos.

O grupo levava os imigrantes usando basicamente dois caminhos. No primeiro, as pessoas eram levadas por via aérea ou marítima a ilhas do caribe e de lá seguiam para a Flórida ou para Porto Rico. No segundo, elas cruzavam a fronteira entre México e Estados Unidos à pé.

A gangue é acusada também de ameaçar atos de violência contra familiares dos imigrantes no Brasil ou de tomar propriedades dos imigrantes que não pagassem em dia as parcelas da dívida pelo transporte.

O alvo principal do grupo era mulheres, pois homens seriam mais difíceis para pagar a divida. Muitas mulheres jovens eram obrigadas a trabalhar como dançarinas em clubes de striptease ou a se prostituírem para pagar suas dívidas.

As investigações sobre a gangue, que envolveram grampeamento de telefones celulares pelos quais eles negociavam os transportes, foram iniciadas após a denúncia feita por uma da mulheres que usaram os serviços do grupo.

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