Com salário anual de $10 milhões, rondoniense comanda a Nissan
DA REDAÇÃO COM UOL – Essa pode ser a quarta vez que o rondoniense Carlos Ghosn encabeça a lista dos executivos mais bem pagos do Japão. No comando da Nissan, ele recebeu em 2013 $10 milhões pelos seus serviços. Valor é bem superior aos dos CEOs da Toyota e Honda em 2012. Por lei, no Japão, as grandes empresas precisam divulgar publicamente o quanto pagam a seus alto executivos. Outras empresas devem divulgar seus números em poucos dias.
Filho de imigrantes libaneses, Carlos Ghosn nasceu em Rondônia, mas viveu pouco no país.
Formado pela Escola Politécnica e pela Escola de Minas de Paris, entrou na Michelin em 1978 para dirigir a fábrica de Puy (França). Em seguida, ele dirigiu as atividades da Michelin América do Sul, com base no Brasil. Em 1990, tornou-se presidente diretor-geral da Michelin América do Norte.
O executivo ingressou no grupo Renault em 1996 como vice-presidente. Em 1999, assumiu a direção geral da Nissan Motor Co., tornando-se presidente da companhia em 2000. Em maio de 2005, além da Nissan, assumiu o comando do Grupo Renault.
Nissan e Renault são empresas parceiras desde 1999.
Quando Ghosn assumiu a Nissan, a montadora vivia uma catástrofe. A empresa acumulava prejuízos, perdia mercado e estava praticamente à beira da falência. Com um plano drástico de revitalização, cortou mais de 20 mil postos de trabalho, fechou fábricas e colecionou inimigos. Mas, em apenas um ano, a montadora voltou a ter lucro.
O salário divulgado do executivo não inclui os dividendos de ações da Nissan e o que ele ainda recebe da Renault.