Histórico

Brasileiro matador declara-se culpado na corte de Broward

Alfredo Oliveira admitiu ter esfaqueado a adolescente Jackline de Melo e deve ser condenado à prisão perpétua

Ele disse que queria desculpar-se para a família da adolescente que ele esfaqueou e matou em 2006, mas Alfredo Oliveira nem mesmo consegui encará-los.

Oliveira, 40 anos, declarou-se culpado nesta terça-feira de assassinato em segundo grau por ter esfaqueado, em dezembro de 2006, a menor Jackline de Melo, de 17 anos, estudante da Olympic Heights High School, que terminou o namoro com o assassino após ter vivido com ele quando fugiu de casa por um período.

“Sou culpado”, disse o brasileiro Alfredo Oliveira, para a juíza Ilona Holmes, do Circuito de Broward, através de um intérprete. “Gostaria de me desculpar por todos os problemas que causei. Agora sou outra pessoa. Agora, tenho Deus em minha vida. Ele mudou minha vida.”

Os pais e a irmã da vítima fitaram Oliveira com os olhos marejados de lágrimas, mas não se pronunciaram durante o julgamento, que acabou ao meio-dia.. Os jurados sentaram-se na sala ao lado esperando ouvir o promotor público Alberto Ribas e o advogado de defesa George Reres fazerem suas perorações iniciais.

Em vez disto, Ribas deu à juíza Holmes um panorama do que ele teria apresentado ao júri, caso o julgamento tivesse ocorrido conforme o planejado. Oliveira estava com ciúmes por ter visto a vítima com outro homem, disse Ribas. Então, ele esfaqueou a garota 32 vezes. O pai da menina soluçou ao ouvir os últimos momentos em que sua filha estava viva sendo descritos pelo promotor: “Ele a esfaqueou até seus braços ficarem sem forças”. Oliveira, por sua vez, passou a maior parte da manhã com a cabeça entrerrada em suas mãos.

A juíza Ilona Holmes marcou para o dia 17 de fevereiro a sentença de Oliveira, e a família da vítima negou-se a fazer comentários até o final da audiência. Ribas disse que os promotores não prometeram nada em troca da declaração de culpa e recomendarão a prisão perpétua.

A vítima vivia na zona oeste de Boca Raton com sua família, mas fugiu de casa no início de 2006, contou sua mãe. Jackeline de Melo viveu com amigos em Miami e em New York, e, por um curto período de tempo, viveu com Oliveira em Deerfield Beach. Mas terminou o relacionamento com Oliveira e voltou a morar c om sua família um mês antes de sua morte. Ela queria retomar sua vida, disse a mãe.

No último dia de sua vida, a garota não foi para a escola. Em vez disto, foi para a casa de um amigo. Um vizinho do rapaz viu Oliveira olhando através da janela enquanto Jackeline de Melo estava fazendo a visita, contou Ribas à juíza. “Ela amava outra pessoa”, disse Ribas. E isto desencadeou o ciúme de Oliveira.

Depois do assassinato, Oliveira confessou a um colega ter cometido o crime e lhe disse que o corpo estava em seu apartamento duplex em Deerfield Beach. Oliveira foi preso na noite seguinte no condado de Miami-Dade.

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