Histórico

Brasileiros da Flórida ajudam sobreviventes da tragédia no Haiti

Igreja Batista está recolhendo roupas, alimentos não perecíveis e colchões para enviar às vítimas

O tremor de terra que devastou o Haiti atingiu o coração de brasileiros que vivem a mais de 700 milhas daquela ilha no Caribe.

Sensibilizados pela tragédia que tirou a vida de pelo menos mil pessoas, entre eles a catarinense Zilda Arns, médica pediatra e fundadora da Pastoral da Criança, a comunidade tem se unido para ajudar os sobreviventes do terremoto de sete graus na escala Richter que deixou ainda mais caótica a vida no país mais pobre das Américas. Muitos têm enviado roupas, alimentos não perecíveis e colchões para a Primeira Igreja Batista da Flórida, em Pompano Beach, que já mantém na capital Porto Príncipe um projeto social de ajuda à população.

“O mundo inteiro precisa voltar os olhos para o Haiti. A situação já era de miséria total, imagine agora depois desta calamidade”, lamentou o pastor Silair Almeida, com a autoridade de quem visitou o país pelo menos sete vezes nos últimos anos. Ele conta que os membros da PIB-Flórida e da comunidade em geral ajudam a manter dois orfanatos e outros trabalhos missionários no Haiti, mas ninguém conseguiu ainda fazer contato com os representantes locais destes programas humanitários, pois as linhas telefônicas estão interrompidas. Um dos orfanatos, que atende 22 crianças carentes, fica justamente em Carrefour, próxima à capital Porto Príncipe, uma das regiões mais atingidas pelo terremoto.

Sem disfarçar a angústia com a falta de notícias, Silair lembrou que os brasileiros sempre ajudam bastante a população haitiana, tanto que um contêiner de 40 pés, com mais de 500 caixas com roupas e sapatos, já está em Porto Príncipe aguardando liberação da alfândega. “Foi uma coincidência divina, pois enviamos a carga recolhida no ano passado para ajudar nas necessidade básicas do dia-a-dia e agora, depois do terremoto, estes produtos serão ainda mais indispensáveis”, disse o pastor, ressaltando que pretende mandar uma equipe da igreja para uma avaliação e já com contribuição financeira para os desabrigados tão logo o aeroporto da capital haitiana seja liberado.
O terremoto que devastou o Haiti aconteceu no final da tarde de terça-feira. Além de Zilda Arns, que foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 2006, há pelo menos outros onze militares do nosso país na lista de mortos – o Brasil liderava a missão de paz das Nações Unidas naquele país. Pelo menos três milhões de pessoas foram afetadas pelo sismo e a população, normalmente exposta a situações miseráveis, sofre agora com a falta de luz, água e comunicação.

Várias nações já anunciaram ajuda humanitária ao Haiti, que tem mais de 67% de seus moradores vivendo abaixo da linha de pobreza. O presidente americano, Barack Obama, afirmou que os Estados Unidos estão dispostos a “ajudar a população”. O Brasil prometeu o envio imediato de dez milhões de dólares, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Quem quiser doar alimentos não perecíveis, roupas e, principalmente, colchões, pode entrar em contato com a PIB, através do telefone (954) 783-0119.

Para fazer doação online às vítimas do terremoto no Haiti acesse o site official da Cruz Vermelha clicando aqui.

Rotary de Boca e Minority Help lançam campanha para arrecadar suprimentos

Outras entidades brasileiras aqui no Sul da Flórida também arrecadam suprimentos e dinheiro para as vítimas do terremoto do Haiti. O Rotary Club, por exemplo, já tem um representante em Porto Príncipe para fazer um levantamento das necessidades da população local e o capítulo de Boca West está aceitando qualquer tipo de doação. O mesmo acontece com a Minority Help, que vai aproveitar o evento programado para o dia 23 de janeiro sobre o Censo para receber a colaboração da comunidade.

“Os haitianos precisam da ajuda de todos e nós, brasileiros, somos solidários e podemos fazer a diferença”, disse Douglas Heizer, presidente do Rotary Boca West. A instituição montou postos especiais em vários pontos da região para receber contribuições em dinheiro, como os restaurantes Picanha Brazil (Boca) e Di Pizza (Pompano Beach), a firma de contabilidade Business Choice (também em Pompano) e no escritório Fileti Professional Services (Mall do Feijão com Arroz), que também está recebendo outros tipos de doação. Para mais informações, veja o anúncio na página 41 desta edição do AcheiUSA, ou ligue para (954) 782-7951.

Já a Minority Help organizará um encontro no dia 23 de janeiro no North Broward Park sobre a importância da participação da comunidade brasileira no Censo 2010. Nesta oportunidade, a Fundação vai recolher donativos que serão enviados ao Haiti o mais rápido possível. Mais detalhes pelo telefone (954) 681-4325, com Viviane Saide, presidente da Minority Help. Clique aqui para ler mais.

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