Histórico

Brasileiros entre os envolvidos em fraude de imigração na FL

Grupo forneceu documentos falsos a mais de 300 imigrantes

Os agentes do ICE prenderam esta semana no sul da Flórida cinco pessoas envolvidas em um esquema de fornecimento de documentos falsos a imigrantes, com a promessa de garantir a presença deles nos Estados Unidos. O grupo está sendo acusado de conspiração e fraude, o que pode resultar na condenação de cada um a dez anos de prisão. Entre os cerca de 300 indocumentados beneficiados pelo esquema estão brasileiros, que estão agora sob risco, pois o objetivo da polícia de imigração é investigar a veracidade de cada um dos vistos de trabalho obtidos através dos falsários.

O assunto foi tratado como prioridade pelo agência federal. “Este tipo de atividade deixa vulneráveis as nossas comunidades, pois pode acorbertar criminosos de alta periculosidade”, ressaltou Anthony Mangione, do ICE. Entre os detidos estão três mulheres e um suposto advogado, que voltam à Corte no dia 5 de novembro. Alguns deles podem ser deportados ao final da pena. O grupo prestava serviço a pessoas da Argentina, Honduras, México e Brasil, segundo um agente do ICE de Fort Lauderdale.

As investigações começaram em maio de 2007, principalmente em relação às atividades do escritório de advocacia de Victor Abreu (Abreu & Associates). Segundo os agentes, o profissional de fachada preparava falsas aplicações para vistos de trabalho, mesmo sabendo que os estrangeiros não teriam condições de obter a documentação. Depois do pagamento, os mentores do esquema ainda forneciam papéis falsos, iludindo os imigrantes – que no entanto conseguiam obter cartão de autorização de trabalho e até carteiras de habilitação para vários estados dos EUA.

Caso não é o primeiro na comunidade

O caso relatado acima não é o primeiro envolvendo brasileiros. Os leitores certamente lembram ou já ouviram falar do advogado de imigração Javier Lopera, um boliviano que prestava serviços para a comunidade. Pois em 2003, Lopera foi condenado por 19 acusações, entre elas fraude e conspiração, por requerimentos de vistos irregulares, especialmente os de trabalhadores sem habilidades como executivos de corporações multinacionais.

O negócio, estima-se, movimentou mais de 14 milhões de dólares e cerca de sete mil aplicações suspeitas. Muitos brasileiros tiveram seus processos cancelados devido ao problema. Quanto ao advogado, ele continua atrás das grades e ao final da pena será deportado.

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