Histórico

Brasileiros mantidos em cativeiro por cinco dias em Nova York

Seqüestro foi cometido por coiotes, entre eles John Ernest Guerrero (foto), que queriam cobrar dívida da travessia pelo México

O sonho americano de um grupo de brasileiros não durou mais do que uma semana. Depois de pagarem 10 mil dólares a atravessadores que montaram o esquema de entrada ilegal pela fronteira com o México, os cinco homens, com idade entre 30 e 50 anos, foram mantidos em cativeiro pelos coiotes no estado de Nova York, que estavam exigindo mais dinheiro. O crime foi desvendado depois que um dos brasileiros conseguiu escapar, durante uma briga, e chamou a polícia.
O grupo estava numa casa transformada em cativeiro em Port Chester, próximo a Manhattan. Eles ficaram presos por cinco dias neste local, sem qualquer alimentação e ainda sob ameaça constante. Uma das vítimas contou em depoimento que um dos seqüestradores mostrava, a todo o momento, a tesoura de jardinagem com que iria cortar os dedos dos brasileiros se não recebesse o pagamento extra, de dois mil dólares.
Um dos coiotes foi capturado pelas autoridades, mas pelo menos outros dois continuam foragidos: John Ernest Guerrero, de 22 anos e que mora na região de Houston (Texas), está preso sob fiança de 100 mil dólares. O jovem, que tem dois metros de altura e mais de 160 quilos, revelou que os brasileiros atravessaram a fronteira na última semana de março, pelo Texas, e foram levados de carro até o estado de Nova York, onde encontrariam conhecidos. Nesta viagem, acreditam os policiais, os seqüestradores decidiram mudar a rota e passaram a cobrar os dois mil dólares além do combinado.
O chefe de polícia de Port Chester, Joseph Krzeminski, disse que três dos brasileiros ainda não foram localizados, mas não soube informar se eles seriam deportados.

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