Nas poucas horas em que passou em Brasília, o presidente americano Barack Obama assinou dez acordos com o governo brasileiro. Ao lado da presidenta Dilma Roussef, ele tratou de biocombustíveis, aumento do intercâmbio científico e cooperação acadêmica, além de temas ainda mais técnicos, como construção de satélites para atuar na previsão do tempo e no controle das queimadas. No entanto, a inclusão do Brasil no programa Visa Waiver (que determina o fim da exigência do visto de turista para os cidadãos do país) e a parceria previdenciária que permitiria acumular o tempo de serviço nas duas nações não constaram da pauta.
O mais próximo que Obama e Dilma chegaram da imensa comunidade brasileira nos EUA foi o acordo para diminuir o preço das passagens aereas entre os dois países. A ideia é permitir que até 2015 todas as companhias possam operar sem restrições. Para os críticos políticos, a presidenta brasileira fez seu dever de casa, criticando as barreiras alfandegárias criadas pelos americanos e cobrou o apoio de Obama à entrada do Brasil como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU. No entanto, do lado americano, houve pouca ação e pouco aprofundamento nos debates. A questão dos vistos, por exemplo, deveria ser abordada, até porque trata-se de antiga reivindicação da Associação de Turismo dos EUA.
