Polícia investiga relação entre ataque, que matou duas pessoas, e as denúncias de corrupção feitas por senador Robert Acevedo
A polícia paraguaia prendeu dois brasileiros acusados de participação no atentado contra o senador Robert Acevedo, na cidade de Pedro Juan Caballero, próxima à fronteira entre os dois países. Segundo as investigações, Nevailton Marcos Cordeiro e Eduardo da Silva são integrantes de uma facção criminosa de São Paulo, que atua naquela região. O ataque deixou duas pessoas mortas, mas o senador sobreviveu, mas está em estado grave.
Robert Acevedo vinha recebendo ameaças de morte por denúncias contra narcotraficantes e contra a corrupção, que envolveria membros do governo e da polícia. Há poucos dias, o presidente paraguaio, Fernando Lugo, mobilizou uma força de cerca de mil policiais e militares no Norte do país, depois que o Congresso declarou estado de exceção para o combate a um grupo armado que semeou o terror na região. Lugo disse que os militares terão a possibilidade de usar armas de guerra para a captura dos membros do grupo Exército do Povo Paraguaio (EPP), acusados de serem responsáveis por sequestros e assassinatos no país, em especial na fronteira com o Brasil.
