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Brasileiros também protestam no exterior

Miami, New York, Boston, Paris e Lisboa tiveram manifestações contra a corrupção e contra o governo

Brasileiros também protestam no exterior

DA REDAÇÃO – Os brasileiros que vivem nos Estados Unidos e espalhados por algumas das principais cidades do mundo também se uniram para dar seu recado no domingo (15) dia marcado por manifestações contra a corrupção no Brasil.

Em Miami, cerca de 200 pessoas com cartazes, bandeiras, faixas e camisas verde-amarela se juntaram em frente ao Bayfront Park, em Downtown Miami, na tarde do domingo. Com gritos de “Fora Dilma”, “Fora PT” e palavras de ordem pedindo o fim da corrupção, eles também relataram suas experiências no exterior no alto falante durante o protesto.

Profissional da área de turismo, a paulista Patrícia Borges Santos, afirmou estar no local porque ama o Brasil e não aguenta mais ver o seu país sofrer com a corrupção. “Basta de roubalheira, basta de PT no governo por tantos anos. Queremos mudança já”, disse Patricia que mora em Miami há cinco anos.

Segundo Bruno Contipelli, organizador do protesto e morador da cidade desde 1999, a força motriz da manifestação é a soliedariedade com o povo brasileiro. “Nosso protesto é de apoio aos protestos no Brasil, pedindo o fim da corrupção e da impunidade e mais segurança”, diz. “O Brasil é um país em que falta saúde, falta educação, falta tudo. Só não faltam impostos.”

Em Nova York, o protesto foi na Union Square, um tradicional ponto de manifestações. Eles pedem o fim da corrupção e mudanças no governo. Com cartazes em inglês e português, os manifestantes defenderam o fim da mentira e fizeram gestos de rendição. Eram cerca de 100 pessoas, imigrantes e turistas, que enfrentaram o frio de sete graus, e criticaram também os parlamentares. A maioria defendeu a saída da presidente Dilma Rousseff do governo. Houve bate-boca quando uma mulher e um homem contrários ao impeachment chegaram à manifestação. Depois da confusão, o protesto seguiu com o hino nacional e demonstrações de apoio ao Brasil.

Em Boston, uma garoa constante e vento forte marcaram os protestos que contaram com pouco mais de 80 pessoas em frente ao Consulado-Geral do Brasil em Boston. O organizador do manifesto, Rafhael de Paula, disse que o objetivo foi alcançado. “O frio e a chuva atrapalharam um pouco, mas conseguimos dar o nosso recado. Destaco aqui que em hora nenhuma, nenhum cartaz pediu intervenção militar que é contra a lei e somos radicalmente contra”, enfatizou. Segurando faixas e cartazes, os brasileiros pediram mais educação e o fim da corrupção.

Pelo mundo
Segundo informações do site G1, em um dia frio e de chuva, em Londres, cerca de 70 pessoas se reuniram em frente à Embaixada Brasileira. Havia muitas bandeiras do Brasil, balões e roupas verde e amarelas. Os manifestantes cantaram o hino nacional e carregaram cartazes em português e em inglês, contra a corrupção e contra o governo, como um que dizia que “Patriotismo é ficar ao lado do país, não dá presidente”.

Em Lisboa, cerca de 50 brasileiros se reuniram na Praça Luís de Camões, uma das principais regiões turísticas da capital portuguesa. Muitos pintaram o rosto de verde e amarelo, bateram panelas e também cantaram o hino nacional. O protesto pediu o fim da corrupção. Em Paris também houve protestos.

Os protestos no Brasil tiveram grande repercussão na imprensa internacional.

O site do New York times disse que os brasileiros marcharam contra a economia em ritmo lento, o aumento dos preços e a corrupção – e pediram o impeachment da presidente Dilma.

O Washington Post destacou que houve manifestações em mais de 50 cidades e que um dos motivos era o esquema de corrupção na Petrobras, um dos maiores do país.

A britânica BBC estampou na primeira página que mais de um milhão de brasileiros participaram do protesto, pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O espanhol El País destacou, na edição digital, que a manifestação em São Paulo foi a maior desde a redemocratização do Brasil.

O argentino La Nación disse que os protestos são contra o governo da presidente Dilma, por causa dos escândalos na Petrobras e da desvalorização de quase 30% do real frente ao dólar.

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