Histórico

Brasília ferve a pouco mais de um ano das eleições

Disputa eleitoral, que parecia polarizada entre PT e Tucanos, ganha novos personagen

Tudo indicava que a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria uma disputa entre PT e PSDB, ou seja, entre a ministra Dilma Roussef e o governador paulista José Serra. No entanto, fatos novos na última semana colocaram lenha na fogueira de Brasília e a eleição majoritária de 2010 virou, como se diz na gíria do futebol, uma ‘caixinha de surpresas’. Na última pesquisa eleitoral, realizada na primeira quinzena de agosto, o pré-candidato Tucano José Serra manteve a liderança na disputa, seguido pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, do PT, e pelo deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). No entanto, outros cenários foram apresentados aos entrevistados e também foram citados os nomes do também governador Aécio Neves (PSDB, Minas Gerais), Heloísa Helena (PSOL) e até da senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que se desligou do PT e foi convidada pelo PV para disputar a presidência da República pelo partido.

Fator Marina

O fator Marina certamente movimentou a corrida presidencial. Política da tradicional esquerda, ela representa bem os movimentos sociais e vai neutralizar o argumento de Dilma de que se deve votar em uma mulher. Diantes das denúncias de que a virtual candidata de Lula à sucessão teria se aproveitado do cargo para sugerir rapidez nas investigações da Receita Federal, o sonho da ministra da Casa Civil deve morrer na praia.

“A entrada em cena de Marina Silva definitivamente inviabiliza a escolha por Dilma Roussef”, disse uma raposa política do PT, que – é claro – não quis se identificar. Que fique claro um detalhe: a ex-ministra e ex-seringueira entrou apenas agora na pré-disputa e não passou de 3% na preferência do eleitorado na pesquisa, enquanto Serra está na faixa de 35%. Mas ela tende a crescer e tem baixa rejeição da sociedade.

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