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Câmara continua debatendo plano de legalização para indocumentados

O custo da reforma imigratória para os Estados Unidos e, em particular da legalização de milhões de imigrantes indocumentados, continua provocando diferenças entre os negociadores da Câmara de Deputados.

Os republicanos, que têm o controle da Câmara, insistem que a concessão do status provisório não deve ser um encargo público. E estudam obrigá-los a ter um seguro de saúde privado para aqueles que não o conseguirem por meio de um empregador.

O parlamentar republicano Raúl Labrador deixou claro que os 11 milhões de indocumentados não devem ter nenhum tipo de subsídio para atendimento médico.

No entanto, os republicanos se opuseram à determinação de comprar seguro médico no Obamacare.

“Os que não têm seguro médico, como a população em geral, continuarão terminando nas salas de emergência a um alto custo”, disse o médico Elmer Huerta, especialista em saúde pública do Washington Hospital Center.

De acordo com o projeto de lei do Senado, aqueles que legalizarem suas permanências não se qualificarão durante mais de 10 anos para o Obamacare ou seus subsídios, tampouco para o Medicaid, o programa de atendimento médico do governo para pessoas de baixa renda.
A Agência France Presse (AFP) disse que averiguar se a reforma imigratória pode ser um entrave ou um incremento para a convalescente economia americana é objeto de debates dentro e fora do Congresso.

Acrescentou que, segundo Jason Richwine, analista da fundação conservadora Heritage que deixou seu cargo em 9 de maio após descobrir que em 2009 foi publicado um estudo no qual se constatava que o coeficiente intelectual dos hispânicos, o maior grupo imigrante dos últimos 50 anos, era inferior ao dos brancos -, o custo da reforma, que inclui uma via para a cidadania de 11 milhões de indocumentados, é de cerca de $6.3 bilhões.

Mas Robert Lynch, analista do Centro para o Progresso Americano (CAP), próximo ao Partido Democrata, acredita que a reforma imigratória representará um aumento na arrecadação pública de $200 bilhões em dez anos.

Para Steve Camarota, diretor de pesquisa do Centro de Estudos sobre Imigração, também de linha conservadora, a resposta é clara: 59% dos lares com um cabeça de família imigrante têm acesso a algum dos mais de 80 programas públicos sociais.

O plenário do Senado debaterá a proposta imigratória aprovada pelo Comitê Judiciário em 10 de junho. O plano inclui uma via regulada para a cidadania para indocumentados que demonstrem estar nos Estados Unidos desde antes de 31 de dezembro de 2011, careçam de antecedentes criminais, submetam suas impressões digitais ao Departamento de Segurança Nacional (DHS) e paguem multas.

A queles que forem aprovados esperarão 10 anos para pedir a residência permanente e outros três para solicitar a cidadania.

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