Histórico

Câmara de Comércio insiste na urgência da aprovação da reforma imigratória

Thomas J. Donohue (foto) reitera que “já está na hora” do Congresso agir e aprovar uma lei que tire das sombras os indocumentados

A Câmara de Comércio insistiu nesta terça-feira (25) na urgente necessidade de aprovar a reforma imigratória e disse que “já está na hora” de consertar o falido sistema imigratório do país.

O chamado se destaca nos momentos em que o debate está parado na Câmara dos Deputados e não há indícios de que seja ativado no decorrer das próximas semanas ou meses.

A entidade citou o apoio dos cidadãos a uma proposta integral como a aprovada pelo Senado, em junho do ano passado, e disse que o apoio “nunca foi tão forte”.

“O sistema atual está quebrado. Não está servindo aos interesses de nossas empresas e empregados ou ajudando nossa economia e sociedade”, disse em um comunicado Thomas J. Donohue, presidente da Câmara.

Em janeiro Donohue disse que “nos determinamos em converter 2014 no ano em que a reforma imigratória finalmente seja ativada”.

Três semanas mais tarde, a liderança republicana entregou uma lista de princípios da reforma imigratória que inclui um duro caminho à cidadania para milhões de indocumentados, mas pouco depois o presidente do Congresso, John Boehner (republicano de Ohio), advertiu que não havia probabilidades de discutir uma proposta este ano.

Os republicanos também indicaram que debaterão uma reforma imigratória por partes e não estão dispostos a aceitar que o plano do Senado chegue ao Comitê de Conferência.

Donohue lamentou que “o debate sobre a reforma imigratória esquentou retoricamente”, mas insistiu que “já está na hora” de levar adiante o projeto.

O plano do Senado inclui um caminho à cidadania para indocumentados que estão no país desde antes de 31 de dezembro de 2011 e não tenham antecedentes criminais. Os que se qualificarem entrarão em um status de residência provisória por 10 anos ao final dos quais poderão pedir a residência.

Três anos depois de receber o green card, os beneficiários terão direito a solicitar a cidadania americana.

Um dos obstáculos para o debate e a aprovação da reforma imigratória em 2014 são as eleições de novembro, quando os americanos irão às urnas para renovar a Câmara dos Deputados e um terço do Senado.

A não aprovação da reforma não impactará no poderio republicano no Congresso. Em mais de 85% dos distritos eleitorais republicanos a maioria dos eleitores são anglos e a reforma imigratória não repercute na intenção de voto.

“Nunca será o momento perfeito para a reforma. O panorama político não vai ser muito mais propício em dois ou quatro anos”, disse Donohue sobre as condições ideais para seu respaldo à iniciativa legal.

Donohue disse ainda que “os imigrantes não costumam concorrer por trabalhos com os americanos e, de fato, criam mais empregos através da iniciativa empresarial, da atividade econômica e das receitas dos impostos”.

A ala ultraconservadora do Partido Republicano argumenta exatamente o contrário.

O presidente da Câmara de Comércio disse também que a reforma imigratória é um assunto de interesse nacional que deve ser “solucionado de uma vez”.

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